Itaquaquecetuba completa 465 anos nesta segunda-feira (8) e, para o presidente da Câmara da cidade, vereador Roque Levi Santos Tavares (PL), o Dr. Roque, os próximos avanços dependem da continuidade de administrações de qualidade. Ele avalia que nos últimos anos houve avanços significativos, mas ressalta que manter um "ciclo de boas gestões" será decisivo para sustentar o desenvolvimento. Ao mesmo tempo, aponta que a população tem hoje um sentimento de pertencimento maior, mas que desafios como saúde, infraestrutura e qualificação profissional ainda precisam ser enfrentados.
O vereador destaca que, nos últimos quatro anos, Itaquá avançou em mobilidade urbana e infraestrutura viária, citando a duplicação da rodovia Alberto Hinotto, conhecida como Estrada de Santa Isabel, como obras que devem impulsionar o crescimento. Ele ressalta também para o investimento anunciado de R$ 1 bilhão da Sabesp, que deve garantir até 2029 o tratamento de 100% da água e do esgoto.
Porém, projetos como as três alças de acesso pela rodovia Ayrton Senna e pelo Rodoanel Mário Covas, segundo o Dr. Roque ainda não saíram do papel. Com a articulação política junto ao governo do Estado, a expectativa do parlamentar é que as intervenções sejam destravadas e garantam mais competitividade à cidade, que já se beneficia de localização estratégica próxima às principais rodovias da região.
O parlamentar ressalta ainda a parceria com o Executivo, lembrando a colaboração da Câmara com a aprovação do Plano Diretor em 2024, que, segundo ele, revisou o zoneamento e abriu caminho para investimentos e verticalização. Até 30 de setembro deve ser encaminhado para o Legislativo o Plano Plurianual (PPA) pelo prefeito Eduardo Boigues, que definirá as novas diretrizes da administração municipal.
Entre os desafios para a cidade, Dr. Roque aponta a saúde como prioridade. Segundo ele, a Prefeitura tem investido na construção e reforma de postos para ampliar a cobertura. Ele também mencionou a necessidade de expandir a oferta de cursos técnicos e programas de capacitação para que a população local ocupe os postos de trabalho criados pelas novas empresas. “A gente tem esse problema, os empregos mais remunerados acabam contratando pessoal de fora. Não temos tantas escolas técnicas profissionalizantes”, afirmou.
Como destaques do Legislativo, ele cita medidas de contenção de gastos e a devolução de mais de R$ 5 milhões aos cofres públicos neste ano. A meta, segundo o vereador, é viabilizar a desapropriação e a compra do prédio onde a Câmara funciona hoje, na Vila Virgínia, que atualmente é alugado. O processo está em discussão judicial. "Após a pandemia houve um processo que o aluguel subiu muito, então, um dos nossos objetivos é nos livrarmos disso e estamos trabalhado para que aconteça", disse.
Mudanças
Para o vereador, o cenário atual já representa uma mudança na percepção dos moradores em relação à cidade. “Hoje eu sei que a população de Itaquá tem um sentimento de pertencer à cidade muito maior do que antes. A população tem uma autoestima muito maior, e não tem medo de dizer que mora em Itaquá. Antes era sempre vista pelas estatísticas negativas, hoje temos muito de positivo para mostrar”, disse.
Ao projetar os próximos dez anos, Dr. Roque enfatiza que o crescimento de Itaquá só será sustentável se houver a manutenção de administrações responsáveis. Ele cita Mogi das Cruzes como exemplo de cidade que prosperou a partir da continuidade de boas gestões. “Precisamos que o prefeito que venha futuramente mantenha o bom ritmo, com boas parcerias no Estado e Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo). Hoje Itaquá é a bola da vez do Alto Tietê, está trazendo várias empresas, crescendo”, avaliou.
