Contar a história de luta e empreendedorismo dos primeiros imigrantes que chegaram da Terra do Sol Nascente e seus sucessores: essa é foi a ideia para a criação do livro "100 Anos da Imigração Japonesa em Mogi das Cruzes", escrito pela jornalista Carla Olivo, em parceria com o Bunkyo - Associação Cultural de Mogi das Cruzes - e a Associação dos Agricultores do bairro Cocuera.
Lançado no último dia 16, no encerramento do Festival que marca o centenário da chegada dos primeiros imigrantes no município, a publicação traz em 200 páginas de história, desde a chegada das primeiras famílias até a representatividade conquistada em diversas áreas nos dias atuais. O projeto de execução do livro foi desenvolvido durante um ano e meio e viabilizado por meio da Lei de Incentivo à Cultura (LIC), da Secretaria Municipal de Cultura.
Para Frank Hiroshi Tuda, atual presidente do Bunkyo e um dos coordenadores do projeto, o livro é um presente para a cidade, que acolheu bem os primeiros imigrantes, que, por sua vez, foram peça fundamental para o desenvolvimento da região. "As primeiras famílias se instalaram no bairro do Cocuera, iniciando o processo de colonização. O clima da cidade era muito próximo ao do Japão, permitindo a produção agrícola, o que ajudou no desenvolvimento de Mogi, que acabou conquistando o título de "Cinturão Verde" do Estado de São Paulo.
A edição traz ainda histórias de desafios enfrentados pelos primeiros imigrantes, como a dificuldade de adaptação em terras brasileiras, além de relatos de pessoas que alcançaram o sucesso em diversas áreas da sociedade mogiana. "Temos bons exemplos de famílias que conseguiram seu espaço e contribuíram com o progresso da cidade. Na área comercial, temos a família Shibata; na área da Indústria, o empresário Fumio Horii. São alguns dos exemplos de sucesso que o livro destaca", explicou Tuda.
A edição do exemplar pode ser vista em sua versão digital, por meio do site do Bunkyo.
*Texto supervisionado pelo editor