"O número de bicicletas em circulação aumenta todos os anos porque o poder público passou a oferecer mais estrutura nos centros urbanos. Quanto mais segurança, mais ciclistas irão surgir". É com o intuito de alertar sobre a importância das bikes nos dias de hoje que o coordenador do coletivo BiciMogi, Jair Pedrosa, chamou atenção para o assunto "segurança". Criado há cinco anos, o coletivo também tem a função de discutir melhorias aos usuários de Mogi das Cruzes.
O grupo já obteve algumas conquistas, tanto junto ao poder público municipal quanto à União dos Ciclistas do Brasil (UCB). "Fomos contemplados no projeto que visa implementar as bicicletas nos planos de mobilidade urbana de Mogi das Cruzes", conta Pedrosa. "Com a união dos grupos de ciclistas da cidade, conseguimos fazer com que a prefeitura investisse o dinheiro arrecadado pelo governo do Estado de São Paulo - por meio do programa Município de Interesse Turístico (MIT) - na implementação de sinalização nas trilhas utilizadas pelos ciclistas e na construção de uma pista de pump track (circuito com ondulações) no parque Leon Feffer, assim como a construção de novas ciclovias e bicicletários na cidade", explicou. 
Um dos problemas enfrentados pelos ciclistas, segundo Pedrosa, é a falta de consciência por parte dos motoristas de veículos motorizados. "Percebemos que há pouca sensibilidade dos motoristas em relação às bicicletas. E com a falta de organização das ciclorrotas, os próprios ciclistas acabam desrespeitando as sinalizações de trânsito", pontuou Pedrosa. "O correto é ter ciclovias na região central para fazer uma ligação de um ponto a outro da cidade".
A falta de planejamento nos projetos de ciclovias é uma das principais reclamações de ciclistas, não só de Mogi, mas da maioria dos municípios brasileiros. Ciclovias que não se conectam acabam obrigando os usuários a se arriscar pelas ruas e até a cometer infrações. (M.Q.)