Mais de seis meses após a sua última partida pela Copa Libertadores, o São Paulo volta a jogar pela principal competição sul-americana hoje, às 19 horas, contra o River Plate, no Morumbi. Irregular na temporada, o time paulista precisa vencer o atual vice-campeão para não se complicar na briga pela classificação ao mata-mata e também para manter um tabu histórico: o de nunca ter perdido para uma equipe argentina como mandante no torneio. No total, são 11 jogos em casa contra os "hermanos", com dez vitórias e um empate.
O duelo, válido pela terceira rodada, opõe dois rivais que somam três pontos no Grupo D. O River, porém, leva a melhor e aparece no segundo lugar por ter saldo de gols superior ao do São Paulo, que ocupa o terceiro posto. O líder é a LDU, que foi aos seis pontos com o triunfo sobre o lanterna Binacional na última terça.
Portanto, basta ao São Paulo ganhar do River Plate no jogo que promete ser o mais difícil para saltar à liderança da chave. Em caso de derrota, a equipe tricolor ficará em situação delicada, visto que dos três jogos restantes dois serão disputados fora de casa.
"Acredito num jogo muito difícil. É um time muito competitivo, joga junto há muitos anos com o mesmo treinador (Marcelo Gallardo). É um jogo dificílimo, no nível de São Paulo x River Plate. Independentemente de o River estar sem jogo oficial, será um jogo muito difícil pela grandeza e por estar junto com o mesmo treinador há anos", projetou o goleiro Tiago Volpi.
A novidade do time do técnico Fernando Diniz para o duelo será Pablo. O atacante se recuperou do descolamento de um músculo que liga a costela ao abdômen e volta a ficar à disposição depois de perder os últimos três jogos.
A recuperação de Pablo surpreendeu porque a lesão, pouco comum, fez o São Paulo manter uma posta de pessimismo. O clube, externamente, não trabalhava com a possibilidade de o atacante estar pronto tão cedo. No entanto, ele está livre do problema e, inclusive, participou dos três treinos que antecederam a partida
Ainda não está definido se o jogador será titular. Se não começar jogando, é provável que Paulinho Boia seja escalado. Certo é que a volta de Pablo é bem-vinda, já que Fernando Diniz não pode contar com Luciano, suspenso por três rodadas no torneio por ter sido expulso quando ainda atuava pelo Grêmio, no último Gre-Nal, em março. Daniel Alves, ainda em recuperação de um fratura no braço, segue fora.
Sem ritmo
O principal desafio do River Plate na retomada da Libertadores é o mesmo de várias equipes estrangeiras: a falta de ritmo. Como o futebol na Argentina ainda está paralisado, a última vez que os comandados de Marcelo Gallardo disputaram um jogo oficial foi no dia 11 março, antes da pandemia. Na ocasião, fez 8 a 0 no Binacional, do Peru, em duelo da segunda rodada do torneio continental.
A equipe argentina voltou aos treinamentos há pouco mais de um mês. Diante desse longo período inativo, o River pode ser prejudicado. Os desfalques são o atacante Lucas Pratto, ex-São Paulo, que trata uma lesão na coxa direita e não viajou ao Brasil, e o lateral-esquerdo Milton Casco, diagnosticado com Covid-19.