Mogi - A Prefeitura de Mogi das Cruzes divulgou ontem os detalhes da renovação do convênio com a direção da Santa Casa de Misericórdia para a utilização do Pronto-Socorro (PS), com valor máximo de R$ 2,2 milhões por mês.
O convênio entre as partes para a utilização do PS tornou-se o centro das atenções da cidade nas últimas semanas, com as declarações da direção da entidade filantrópica que não havia interesse em não renovar o convênio. Nesta semana, a direção da Santa Casa se manifestou publicamente em audiência na Câmara Municipal para tratar do assunto e das condições de atendimento.
O encontro entre a prefeitura e a Santa Casa ocorreu na tarde de anteontem com a presença do provedor da entidade, José Carlos Petreca, e outros integrantes da mesa diretiva do hospital. Na ocasião, o prefeito Caio Cunha (Pode) reforçou o pleito ao governo do Estado para a reabertura do atendimento por livre demanda do Pronto-Socorro do Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo, de responsabilidade do Estado.
Segundo a administração municipal, o novo convênio será válido por um ano a partir de 29 de agosto, com o mesmo teto de R$ 2,2 milhões por mês. A Prefeitura ressalta que o valor é R$ 1 milhão maior que o repasse mensal feito até o final de 2021. "Vale lembrar que a Administração promoveu dois aumentos nos recursos repassados no ano passado: em maio houve um reajuste de R$ 900 mil para R$ 1,2 milhão por mês, e em dezembro o novo acordo estipulou teto de R$ 2,2 milhões", explicou.
Nas palavras da prefeitura, o atual plano de trabalho do convênio do Pronto-Socorro da Santa Casa será mantido, com a oferta de 16 leitos entre setores de emergência, observação masculina, observação feminina, observação pediátrica e isolamento.
Procurado pela reportagem, o provedor da Santa Casa de Mogi das Cruzes, José Carlos Petreca, confirmou o acerto entre as partes, e que as questões apresentadas na audiência da Câmara na última terça-feira foram abordadas na reunião. "Os ajustes do contrato serão discutidos pelas áreas técnicas das duas instituições", informou em nota.
Histórico
Nesta semana, a Santa Casa detalhou o processo de renovação do convênio com a prefeitura para o uso do Pronto-Socorro. Segundo representantes da Santa Casa, a unidade estaria operando há mais de seis meses com mais de 250% de sua capacidade operacional, com dificuldades para transferir pacientes necessitando de cuidados especializados pela Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde (Cross), que cabe ao Estado.
Na ocasião, a direção da Santa Casa afirmou aos vereadores que, por problemas econômicos e estruturais, a entidade não teria condições de renovar o contrato. No entanto, o provedor da Santa Casa reiterou que o diálogo com a prefeitura não estaria descartado, mediante as necessidades para o atendimento à população.