Suzano - O histórico imóvel que abriga o Casarão da Memória Antônio Marques Figueira completa 137 anos de existência hoje. E mais do que a própria construção, o resgate do local, que fica na rua Campo Salles, 543, no centro, merece ser celebrado. A comemoração faz parte do aniversário de 73 anos de emancipação político-administrativa de Suzano, comemorado em 2 de abril.
O imóvel construído para ser a casa do feitor Antônio Marques Figueira, que hoje só pode ser visto pelo seu endereço atual, já teve um pomar nos fundos da propriedade, quando a entrada era pela rua Dr. Prudente de Moraes, de frente à linha férrea, e chegou a sediar uma clínica médica.
A diretora de Patrimônio Histórico e Cultural de Suzano, Rita Paiva, lembrou como foi o processo de restauração do local, que é de 1885. "Este casarão é um dos primeiros de Suzano e nos demos conta disso recentemente, quando ele estava quase para ser demolido. Nós, como suzanenses, olhamos este casarão com muito carinho, por isso batalhamos pela sua restauração".
Embora boa parte da estrutura do imóvel seja nova, muitos aspectos puderam ser preservados, como detalhou a diretora: "As portas e as janelas são originais. O piso hidráulico na parte de cima também é da época. Posso dizer que ele foi restaurado de forma moderna". O telhado que também é original, não exigia o uso de calhas e tem um formato irregular nas áreas laterais, um modelo muito utilizado na arquitetura brasileira na época da inauguração.
Para o prefeito Rodrigo Ashiuchi, o Casarão representa a fusão do moderno com o passado de Suzano. Já para o secretário de Cultura, o vice-prefeito Walmir Pinto, o local mantém Suzano na rota cultural do Alto Tietê. O Casarão foi reaberto em 26 de setembro de 2021, quando as atividades suspensas na pandemia do novo coronavírus (Covid-19) estavam sendo retomadas. A revitalização recebeu um investimento de R$ 210 mil.