A paralisação de servidores da rede municipal de Ensino de Ferraz de Vasconcelos para amanhã foi confirmada ontem pela Associação dos Profissionais e Trabalhadores na Educação Pública do município (Aspef). A pauta de demandas conta com questões salariais e sobre a jornada de trabalho.

Segundo a Aspef, na última quinta-feira houve uma reunião com a prefeita Priscila Gambale (PSD), e a decisão de manter a revisão salarial em 6% teria motivado o estado de greve da categoria. "A revisão contraria a Constituição Federal e a legislação municipal que trata da data-base dos servidores; o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) hoje está em 11,73%.

Segundo a entidade, os servidores da Educação rejeitaram em assembleia a proposta, e aprovaram no encontro nova paralisação com indicativo de greve para quinta-feira. "Não havendo disposição em querer negociar, continua o que foi aprovado", concluiu a Aspef.

Os servidores pedem reajuste em 21% referente a 2020 e 2021, e aumento do vale-alimentação da categoria, entre outros temas. A proposta da Secretaria de Educação de Ferraz é de um reajuste de 12%, que será feito metade na aplicação do dissídio e a outra no cumprimento do piso nacional dos professores, e o aumento de 87% do vale alimentação. Em caso de greve, a Prefeitura informou que os alunos serão atendidos dentro das possibilidades, com os professores que não aderirem. "Caso não haja professor, para garantir a segurança, os alunos permanecerão na escola", concluiu.