Mogi - O aumento de preços têm impactado comerciantes e consumidores. De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou altas significativas em alimentos como cenoura (45,65%), tomate (15,46%) e frutas (6,34%). A reportagem esteve ontem em uma feira no Jardim Santista, em Mogi das Cruzes. 

O comerciante Eunides Batista da Silva Junior, dono de uma barraca de coco e derivados, afirmou que sentiu o aumento no valor dos alimentos, o que ocorreria naturalmente apenas entre os meses de novembro e dezembro. Segundo ele, a variação de preços não atinge apenas os produtos, como também a logística. Em março, houve o mega-aumento da gasolina, do diesel e do gás de cozinha. 

Alessandro Benedito Marcelino, que tem uma barraca de peixes, afirmou que vive a pior situação financeira em mais de 30 anos. "Eu nunca vi uma situação dessa nesses 35 anos de trabalho. Infelizmente a tendência é piorar, apesar de torcer por uma melhora, não tenho nenhuma perspectiva", disse.

O vendedor de frango e miúdos de boi, Humberto Arisi, disse que também sente o impacto como consumidor. "Da mesma forma que o consumidor sofre aqui, eu sofro no supermercado. Hoje com R$ 100 você só traz a sacolinha". A aposentada Debie Dias de Souza Cunha afirmou que não tem mais condições de pensar em fazer uma compra mensal e avalia o que vai comprar para conseguir economizar.