Mogi - A Câmara aprovou na sessão de ontem uma moção de apelo ao governo do Estado para que sejam tomadas medidas visando o aprimoramento da Central de Regulação e Oferta de Serviços de Saúde (Cross). A moção, de autoria da bancada do Partido Liberal (PL), contou com o apoio unânime da Casa.

A moção 19/2022, de autoria dos vereadores Mauro Yokoyama, o Mauro do Salão, Vitor Emori, Clodoaldo Aparecido de Moraes e Francimário Vieira, o Farofa, apela à Secretaria de Estado da Saúde para que o tempo de espera para a internação de pacientes, que hoje é de até seis dias, seja otimizado, visando garantir o bem-estar da população, que aguarda em locais sem a estrutura adequada para internação de longo período, como as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).

Segundo Mauro do Salão, o tempo de espera prejudica os pacientes. "A Saúde não espera". Farofa, por sua vez, reforçou que a Saúde faz parte dos três pilares da gestão pública, juntamente com Educação e Segurança Pública, e que todos merecem o total comprometimento dos entes públicos, tanto da prefeitura quanto do governo estadual.

A moção contou com o apoio de todos os grupos políticos no plenário. A vereadora Inês Paz (Psol) parabenizou a iniciativa do partido, ressaltando que a situação na saúde, assim como na Educação do Estado, vem apresentando problemas desde antes da pandemia, e cobrou o Estado em estudar novas vagas, principalmente em hospitais considerados como de retaguarda, como o Dr. Arnaldo Pezzuti Cavalcanti, no distrito de Jundiapeba. José Luiz Furtado (PSDB), o Zé Luiz, reiterou que muitos vereadores têm sido procurados por moradores que pedem ajuda e relatam atrasos no encaminhamento para internação de amigos e familiares.

Durante as deliberações, os vereadores também comentaram o processo de migração do novo plano de Saúde dos servidores públicos municipais, e das tratativas da nova empresa em referenciar a Santa Casa de Misericórdia para maternidades e casos de UTI Neonatal. Eles ressaltaram que a situação do hospital beneficente, que atende pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e planos particulares, pode ter seu atendimento comprometido caso venha a absorver também os mais de 5 mil servidores públicos.

Cidadã Mogiana

A Câmara também aprovou, na Ordem do Dia, o projeto de Decreto Legislativo de autoria dos 23 integrantes que concede o título de Cidadã Mogiana para Thaís Fernandes do Nascimento, integrante da Guarda Municipal.

Thaís conta com mais de 14 anos de integração à força, sendo em 2018 a primeira mulher a comandar a corporação. Em sua trajetória, atuou em diversos setores e ajudou a implementar a Ronda Ostensiva Municipal (Romu), destacamento de elite da Guarda Municipal; a patrulha Maria da Penha, voltada para combater a violência doméstica, e instituiu o porte de arma aos agentes para garantir a sua segurança no patrulhamento.