A tradicional quermesse não fará parte das atividades da Festa do Divino Espírito Santo de Mogi das Cruzes 2022. Neste ano, a celebração deve ocorrer de 26 de maio a 5 de junho, com o tema “Divino Espírito Santo, fazei de mim um instrumento de vossa paz”. A decisão foi tomada em comum acordo pelos festeiros Ricardo Lima da Costa e Denise Rezende da Silva, e os capitães de mastro Eduardo Ferreira Rego e Milena da Costa Freire Rego.

Este é o terceiro ano consecutivo em que a organização do evento cancela a quermesse em razão da pandemia de Covid-19. Todos os anos, a tradicional comemoração tem uma expressiva participação popular em eventos como a Entrada dos Palmitos, Alvoradas e a Procissão de Pentecostes. “A organização da quermesse começa em meados de outubro no ano anterior. De lá para cá, a pandemia se comportou de maneira completamente distinta ao que vinha sendo, e o surto da variante ômicron trouxe novos desafios dado à sua característica de contágio”, destacou o festeiro.

Para Costa, existem três principais motivos para o cancelamento do evento. “Precisamos obrigatoriamente interligar três fatores que, somados, resultaram na inviabilidade de organização da quermesse neste ano: sanitário, econômico e falta de tempo. Obviamente que essa decisão foi tomada de maneira colegiada e as entidades contribuíram de forma muito próxima ao nos fornecer informações sobre a disponibilidade de recursos, tanto humanos quanto financeiros, para assumir esse compromisso. Pouco tem se falado, mas essas entidades hoje têm sofrido um sério problema de falta de voluntários para consecução de suas atividades-fim, imaginem então como organizar equipes para uma atividade que é fundamentalmente social?”, disse.

O sentimento de quem sempre está envolvido na organização do evento é de que ainda não é o momento para retomar as atividades. “Devemos ter o carinho para entender que o mundo vive a tristeza por causa dos efeitos da pandemia de Covid-19 e uma decisão de cancelamento como essa, por óbvio, desperta inicialmente nas pessoas um sentimento que não é bom. Quando deixamos o sentimento de lado e apelamos para a razão, enxergamos a mesma realidade com outros olhos e a compreensão da imensa maioria das pessoas é de que a decisão foi a mais sensata”, afirmou o festeiro.

Ricardo ressaltou ainda que o resultado financeiro de toda a festa serve para o custeio das atividades da programação e o valor excedente é repassado às entidades. “A Festa do Divino Espírito Santo é uma ação conjugada entre a Igreja Católica, poder público e entidades sociais. O evento não visa o lucro. Toda sociedade precisou se adaptar nestes últimos dois anos e com as entidades não foi diferente; buscaram fontes alternativas de arrecadação para garantir a sobrevivência das atividades”, concluiu.


Toda a programação será divulgada na próxima quarta-feira.