Região - O governo do Estado anunciou nesta semana o plano de expansão do Programa de Ensino Integral (PEI) para mais 950 escolas em todo o Estado, incluindo as do Alto Tietê.
O governador João Doria (PSDB) anunciou que mais cem escolas em todo o Estado ainda serão convertidas para o formato de ensino integral neste ano, e mais 850 no ano que vem em todo o Estado. O PEI estabelece dois períodos integrais: das 7 às 16 horas no período matutino, e das 14 às 21 horas no período vespertino.
Segundo o tucano, a prioridade da do Palácio dos Bandeirantes é a educação em conjunto com a Saúde. "Se nós conseguimos sair de 364 escolas para 2.050 escolas de tempo integral em menos de três anos, é possível fazer quando se quer fazer", afirmou o chefe do Executivo estadual na ocasião.
A Secretaria de Estado da Educação informou durante a semana à reportagem que a rede estadual conta com 216 escolas estaduais, com 154 mil estudantes matriculados. Deste cenário, 34 mil estudantes de 70 escolas estão contemplados pelo PEI.
Questionada pela reportagem sobre a previsão de expansão do programa de ensino integral para 2022 e 2023, a pasta estadual informou que o processo para a adesão permanece aberto: "O ingresso da escola no PEI será definido a partir da análise técnica e da priorização das unidades maiores e mais vulneráveis".
Críticas
A instituição do ensino integral na rede estadual, no entanto, vem sendo alvo de críticas do Sindicato dos Profissionais do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp).
Em ocasiões anteriores, a dirigente da Apeoesp em Mogi das Cruzes, Inês Paz, fez críticas ao processo de instituição das escolas integrais, que estariam ocorrendo sem o devido aporte técnico e estrutural nas unidades, sem diálogos com a comunidade escolar, sem proposta pedagógica para o contra turno, entre outros pontos.
Em Mogi, dois incidentes em escolas de tempo integral marcaram o começo do ano. Em fevereiro, uma estudante transgênero na Escola Estadual Galdino Pinheiro Franco foi agredida em sala de aula. Na semana passada, professores, alunos e pais de alunos da Escola Estadual Paulo Ferrari Massaro protestaram contra a decisão da diretoria regional de ensino em fechar quatro turmas do Ensino Médio em ensino integral.