Região - Durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o governo do Estado promoveu o Plano São Paulo de retomada das atividades. O conjunto de protocolos aplicados para a restrição de pessoas em locais públicos e comércio nos momentos de maior contaminação completou dois meses de sua conclusão.
O Plano São Paulo teve duração de aproximadamente 600 dias, entre o início de março de 2020 e o final de outubro de 2021, com atualizações periódicas sobre a situação da ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e de Enfermaria nos hospitais públicos do Estado, separados em regiões distintas. No total, foram realizados 30 encontros promovidos pelo governador João Doria (PSDB) no Palácio dos Bandeirantes para informar o progresso da pandemia.
Separados em cinco etapas conforme a severidade do contágio - Vermelha Laranja, Amarela, Verde e Azul - foram definidas restrições tanto para a circulação de pessoas quanto para o funcionamento de estabelecimentos comerciais.
Em março do ano passado, chegou a ser implementada uma Fase Emergencial, que estaria antes da Fase Vermelha, restringindo a circulação de pessoas nas ruas para atividades consideradas não-essenciais. Com a redução gradual das internações e casos fatais de Covid-19, o governo do Estado estabeleceu em 1º de novembro a retomada completa das atividades em todo o Estado.
O Plano São Paulo chegou a servir de base para ações localizadas, como o Plano de Flexibilização do Comércio elaborado pela Prefeitura de Mogi das Cruzes, que teve como objetivo permitir o combate à Covid-19 sem penalizar a atividade econômica, enviado ao governo do Estado. Entre as medidas estava o prolongamento do horário de funcionamento das lojas entre 8 e 23 horas, com capacidade máxima de 30% de clientes, reforço na fiscalização de agentes públicos e da Guarda Municipal.
No entanto, com mais de dois meses depois das restrições, surgem novos alertas sobre a nova variante da Covid-19, a ômicron, que ocorre juntamente com um surto de casos de síndrome gripal causados pela Influenza H3N2.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, toda e qualquer medida adotada pelo governo estadual para o enfrentamento é precedida por análises do Comitê Científico, e que mantém o monitoramento do cenário epidemiológico em todas as regiões, com relatórios que são analisados diariamente.
Segundo a pasta estadual da Saúde, até 4 de janeiro a média móvel de internações era de 566 pacientes, com uma taxa de ocupação de 26,6% para leitos de UTI e de 25,2% em leitos de Enfermaria. "Estes números são inferiores aos atingidos no pico da pandemia, quando a ocupação de UTIs chegou a ultrapassar 90%", apontou a secretaria.