Mogi - O Sindicato dos Rodoviários de Mogi das Cruzes e Região informou na tarde de ontem que chegou a um acordo com as empresas de transporte público que operam no município para o reajuste dos salários e benefícios da categoria, encerrando o estado de greve iniciado há duas semanas. O índice do reajuste foi de 10% em parcela única para os vencimentos e benefícios dos funcionários.

A categoria aprovou no dia 24 de novembro, durante assembleia, o estado de greve após apresentar a campanha de reajuste de 10% para as perdas da inflação nos últimos 12 meses, além de 5% de aumento real. Na primeira rodada de negociações, segundo o sindicato, a contraproposta das empresas teria sido de aumento zero.

Depois do início das mobilizações para uma possível parada caso não houvesse nenhum tipo de avanço nas reivindicações, as empresas realizaram duas reuniões: a primeira ocorreu na última sexta-feira, quando uma proposta de 8% a ser quitada em duas parcelas foi rechaçada pelos representantes sindicais. No entanto, os donos das empresas pediram uma nova rodada ontem, para uma nova proposta com o intuito de evitar a paralisação dos serviços.

Na prática, os motoristas e funcionários das empresas terão 10% de reajuste em seus salários, aumento no vale-alimentação para R$ 1,2 mil, e cesta básica no valor de R$ 150. A proposta foi aprovada pela categoria, que oficialmente retirou o estado de greve.

Segundo Felix Barros, presidente do sindicato, a proposta representa uma vitória dentro do contexto econômico e social do país, principalmente para os setores que foram mais afetados com as perdas salariais no período. "Se levarmos em conta a situação do país, com o aumento nos combustíveis, nos alimentos - no custo de vida como um todo, hoje podemos trabalhar com mais tranquilidade. Estamos cientes das perdas que o transporte público teve durante a pandemia, mas não pode haver recuperação às custas dos trabalhadores", afirmou. A última paralisação do transporte público em Mogi aconteceu em 2019.