Entidades ligadas ao comércio em Mogi das Cruzes e no Alto Tietê celebraram as recentes declarações do governo do Estado de uma possível retomada plena das atividades comerciais essenciais e não essenciais dentro do contexto da pandemia do coronavírus (Covid-19).

As declarações foram feitas no início da semana pelo governador João Doria (PSDB), em que o horário de funcionamento já será ampliado a partir deste domingo para funcionamento até a meia-noite, com taxa de ocupação de até 80% dos estabelecimentos, e o toque de recolher imposto pelo governo estadual das 23 às 5 horas será suspenso a partir deste dia.

A medida será válida para restaurantes, lanchonetes, comércio varejista, shopping-centers, salões de beleza e academias, que foram consideradas pelas autoridades sanitárias como "não essenciais" durante o auge da pandemia. A expectativa das autoridades é que, caso os níveis de contaminação da Covid-19 se mantenham em queda, no dia 17 de agosto todo o comércio será irrestrito.

A notícia foi bem-recebida pela Associação Comercial de Mogi das Cruzes (ACMC), que considerou a medida como fundamental para a retomada econômica de todos os municípios do Estado, inclusive do Alto Tietê e de Mogi das Cruzes. "Esta medida é fundamental e vamos continuar com todos os protocolos sanitários para garantir a segurança de todos", informou a presidente da entidade, Fádua Sleiman.

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Mogi das Cruzes e Região (Sincomércio), Valterli Martinez, também colocou-se favorável à nova determinação do Palácio dos Bandeirantes. "Esta medida vem sendo aguardada por nossos comerciantes há meses, como fruto de todo o trabalho desenvolvido para garantir que o comércio venha a ser seguro para quem trabalha e para os consumidores", afirmou.

Valterli também apontou que a nova determinação do Plano São Paulo coincide com o início da retomada das atividades econômicas em Mogi e região: "Já tivemos a confirmação de mais de 60 novos estabelecimentos comerciais criados na nossa região, um sinal de que estamos nos recuperando. Com esta liberação, mais comerciantes não poderão apenas voltar a desempenhar seu trabalho plenamente, mas também micro e pequenos empreendedores poderão retomar tranquilamente, depois de uma longa espera".

No entanto, na visão do presidente do Sincomércio, ainda há um longo caminho para que se possa recuperar o impacto da pandemia na atividade econômica. Em sua avaliação, será necessário um período de 18 a até 24 meses para que os indicadores de produtividade e taxa de empregos possam voltar aos patamares de 2019, de antes da pandemia. "Já estávamos tendo uma leve recuperação depois da crise entre 2017 e 2018, e agora teremos um caminho ainda maior a percorrer", concluiu.