Nos seis primeiros meses deste ano o coronavírus (Covid-19) já matou mais do que nos dez meses de pandemia do ano anterior, a contar desde março, quando a doença se alastrou pela região. Os números do Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat) apontam que, em 2020, 1.801 pessoas foram a óbito pela doença respiratória. Os dados são preliminares e foram levantados até a data de ontem.

Por outro lado, somente nestes primeiros meses do ano a quantidade de mortes aumentou em 44%, chegando a 2.598 óbitos até a noite de ontem. Na região, as cinco cidades que compõem o G5, com os números mais altos de habitantes, somam a maior quantidade de mortes pela doença desde 2020.

No ano anterior, somente em Mogi das Cruzes, Itaquaquecetuba, Suzano, Ferraz de Vasconcelos e Poá, foram somadas 1.507 mortes pela doença. O número corresponde a 83% das mortes nas dez cidades do Alto Tietê. Neste ano, até ontem, 2.147 moradores destas cidades não resistiram às complicações da Covid-19, 82% dos falecimentos totais.

Apenas em Mogi, as mortes passaram de 546 para 757 entre o ano anterior e este ano, até a noite passada. Em Itaquá, os óbitos aumentaram de 354 para 492, ainda segundo os dados do Condemat, divulgados diariamente. Em Suzano, e 288 falecimentos no ano passado, a cidade já soma 504 nestes seis primeiros meses.

Já em Ferraz, o Condemat afirmou que 183 moradores não resistiram às complicações da doença. Neste ano, o número de mortes já chegou a 201. Em Poá a diferença entre os dois períodos também é considerável, sendo que o número de óbitos passou de 136 para 193.

Segundo os levantamentos da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados Estatísticos (Seade), as mortes pela Covid-19 ocorrem com maior frequência em pessoas portadoras de alguma cardiopatia, seguido por diabetes, obesidade e doenças neurológicas.