A coordenadora da Câmara Técnica de Saúde do Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat), Adriana Martins, informou na manhã de ontem que a região corre o risco, assim como outras regiões do Estado, de sofrer com a falta de fornecimento de oxigênio em algumas das unidades médicas, devido a problemas com distribuição.

A entrevista foi concedida a uma rádio local, onde Adriana reforçou que a situação da pandemia do coronavírus (Covid-19) tanto na região quanto em todo o Estado é a pior desde o início dos casos, há um ano, e que a ocupação de leitos em hospitais públicos e privados colocou usuários das redes particulares e do Sistema Único de Saúde (SUS) nas mesmas condições de atendimento.

Durante a conversa, a coordenadora reforçou que os problemas na distribuição de oxigênio podem ocorrer em locais que utilizam o sistema de cilindros individuais, e não com as unidades hospitalares que usam reservatórios de oxigênio líquido. Outro item que pode estar próximo de entrar em falta no mercado são os medicamentos como anestésicos necessários para o processo de entubação, utilizados nos leitos de alta complexidade.

Questionada pela reportagem sobre a possibilidade de falta de oxigênio, a Câmara Técnica de Saúde do Condemat informou que, até o presente momento, os leitos em funcionamento no Alto Tietê estão abastecido.

O grupo técnico do Condemat também confirmou que, até ontem, foram instalados 20 leitos de Enfermaria no Hospital Dr. Arnaldo Pezzuti Cavalcanti, e que hoje está previsto o processo de instalação dos dez leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), além de confirmar o plano de instalação de mais 60 leitos no hospital de Jundiapeba.

Segundo os representantes do consórcio, há também o plano de ampliação de leitos de enfermaria e instalação de leitos no Hospital das Clínicas de Suzano, porém ainda há a necessidade de contratação de mão de obra e materiais para a instalação dos leitos. "O Condemat está em tratativas com o Estado para que esta demanda seja suprida o quanto antes para possibilitar a abertura de novos leitos", encerrou em nota.

Até o final da tarde de ontem, as cinco cidades mais populosas do Alto Tietê apresentavam índices de ocupação de enfermaria e de UTI ainda acima das marcas estabelecidas pela fase 1 vermelha do Plano São Paulo. Mogi das Cruzes marcou 100% de UTI e 92,7% de enfermaria; Suzano registrou 109,09% da ocupação de seus leitos no total. Poá contava com 93% dos leitos de enfermaria e 50% dos leitos de UTI com pacientes de Covid-19, enquanto que Itaquaquecetuba apontou 93% dos leitos de enfermaria e 72% dos leitos de alta complexidade prestando atendimento.