A Câmara Municipal convidará o secretário municipal de Governo, Francisco Cardoso de Camargo Filho, o Cochi, para prestar esclarecimentos sobre o processo em que foi condenado em primeira instância por improbidade em Santa Catarina e que gerou o pedido de cassação do mandato do prefeito Caio Cunha (Pode). O secretário deve comparecer ao Legislativo na próxima terça-feira.
O pedido de cassação foi protocolado por um militante político local, que acusa o chefe do Executivo de supostamente nomear o membro do seu secretariado que estaria enquadrado na Lei da Ficha Limpa. Segundo a alegação, Camargo Filho estaria impossibilitado de assumir as funções de secretário de Governo, por ser réu condenado no processo.
Segundo informações divulgadas nos meios de comunicação, Cochi teria sido condenado em primeira instância por contratar sem o devido processo licitatório uma empresa para a realização de projetos 3D, aquisição e instalação de móveis, quando era diretor-executivo da Agência Reguladora dos Serviços Públicos de Santa Catarina (Agesc).
No entanto, ele teria sido absolvido das acusações em segunda instância, mas, mediante recurso do Ministério Público junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), teria sido determinado o pagamento de uma multa, sem a perda de direitos políticos.
A iniciativa de convidar o secretário partiu do vereador da base do governo Johnross Jones Lima (Pode) que, a princípio, gostaria que o titular da Pasta municipal comparecesse ao Legislativo na sessão ordinária de ontem. Após ser orientado por outros vereadores que seria mais viável a presença do secretário apenas na próxima semana, o vereador solicitou que o convite fosse realizado para a próxima semana. Logo após o plenário entrou em acordo que, na próxima sessão, Camargo Filho deverá ser chamado ao Legislativo.
O pedido de cassação do prefeito Caio Cunha previsto para leitura na última terça-feira, também não ocorreu na sessão de ontem. Anteontem, o vereador Policial Maurino (Pode) entrou com um pedido junto à Mesa Diretiva, requerendo que o pedido seja submetido primeiramente à comissão de Justiça e Redação, para as devidas avaliações. Atualmente o pedido se encontra na Assessoria Jurídica da Casa. (F.A.)