No mês passado, o projeto Autoral do Canto LAB permitiu que o Espaço Cultural Canto de Cabocla mantivesse acesa a chama da criação musical. Com recursos da Lei Aldir Blanc (LAB), três músicas de artistas de Mogi das Cruzes foram lançadas no YouTube. Os vídeos e os posts nas redes sociais alcançaram milhares de pessoas, o que faz com que a gestão confirme a produção de uma nova canção, em formato bônus, sem data prevista para o lançamento.

A primeira das faixas disponibilizadas é "Inexorável", de Kau (Kauê Moro Caldas). A segunda é "Desse Jeito", de Sabrina Pacca, e a terceira é "Ir", de Sandra Vianna. Todas elas integram álbuns que serão lançados este ano pelo Estúdio Municipal de Áudio e Música de Mogi (Emam), também com recursos da Lei Aldir Blanc.

Para Kau, foi um prazer imenso participar do projeto. "Fiquei extremamente lisonjeado com o convite e achei incrível a recepção. Não esperava que ia repercutir dessa maneira e o apoio da LAB foi muito importante".

O cantor disse ainda que o lançamento de 'Inexorável' serve como incentivo para novos lançamento. "Essa foi minha primeira música autoral e foi um ótimo pontapé na carreira de artista solo", disse Kau, que prepara o lançamento do EP 'Interior'.

Sabrina Pacca, cantora, compositora e jornalista que atua artisticamente em Mogi das Cruzes há 20 anos, ressaltou a importância em participar do projeto. "Fico muito feliz pela repercussão das redes sociais. Ainda estou engatinhando na divulgação do meu trabalho autoral e o Autoral do Canto serviu de mola propulsora", disse Sabrina que está produzindo o disco "Canela".

Balanço

Cantora, compositora, produtora cultural e gestora do Canto de Cabocla - Casa Cutural, Sandra Vianna conta que o Autoral do Canto LAB é resultado de um trabalho que começou em 1999, com o projeto "Música por um Mundo Melhor", que unia música de qualidade e cidadania em Mogi das Cruzes.

"No palco, sempre um veterano e um novato. Passaram por lá, Xê Casanova, Rui Ponciano, banda Shiva, Maurício Rodrigues, Carlos Mello, Meyson, Regis Danton, Tânia Melo, Carol Ferraz, e tantos outros", lembrou ela.

Em 2011 Sandra segue o projeto, agora com o nome "MercaSom". Foi nesse momento, quando o foco era a necessidade da "valorização das artes e das tradições", que surgiu o nome "Canto de Cabocla". Seis anos mais tarde a ideia se transforma em casa cultural, por conta da pandemia do coronavírus (Covid-19) no qual acumularam-se as dívidas. As contas foram quitadas com a Lei Aldir Blanc.