A Prefeitura de Mogi das Cruzes informou na tarde de ontem que elaborou o seu próprio Plano de Flexibilização do Comércio, com o objetivo de permitir o combate ao novo coronavírus (Covid-19) sem penalizar a atividade econômica. O plano, elaborado pela municipalidade, foi enviado ao governo do Estado.
A proposta tem como um dos pontos o prolongamento do horário de atendimento para o período entre 8 e 23 horas, com o intuito de reduzir o potencial de aglomeração no uso do comércio. "O público seria diluído ao longo do dia, já que o máximo permitido seria de 30% da capacidade de cada estabelecimento, evitando, assim, aglomerações", explicou a municipalidade em nota.
A iniciativa, segundo a administração municipal, não leva apenas em consideração as necessidades do comércio, mas tem como principal foco a responsabilidade com a vida dos moradores do município. "Para que este plano possa ser executado, é preciso observar a taxa de ocupação de 75% dos leitos na cidade", informou.
A Prefeitura de Mogi das Cruzes reforça que com protocolos rígidos, uma fiscalização por parte do Poder Público e o apoio da comunidade, a seriedade sobre a pandemia será levada em consideração para ampliar o horário de funcionamento.
Demandas
A pauta do Executivo mogiano encontra eco nas demandas por parte dos representantes de entidades ligadas ao setor de bares e restaurantes, além de representantes do comércio. Sindicatos e associações comerciais em Mogi das Cruzes e em todo o Estado avaliam que, com as medidas de restrição determinadas pelo governo de São Paulo, o impacto na atividade econômica a curto e médio prazo pode levar a falências e desemprego em massa.
Na última quinta-feira, representantes do setor de bares e restaurantes realizaram uma manifestação na sede do Paço Municipal, pedindo o auxílio do Poder Público para evitar demissões e falências com o fechamento compulsório do comércio. Na ocasião, o prefeito Caio Cunha (Pode) atendeu aos manifestantes e ouviu suas demandas. (A.D.)