Com o número de mortes por Covid-19 chegando à marca de 2 mil na tarde de ontem, as cidades da região do Alto Tietê foram questionadas sobre a taxa de ocupação de leitos em sua rede pública. Segundo o secretário de Estado da Saúde, Jean Gorintcheyn, em entrevista coletiva, o momento é visto como a segunda onda da pandemia no Estado.
Dentre as cinco maiores cidades da região, a taxa de ocupação de leitos de UTI passa dos 50%, sendo que já existem casos de lotação esgotada em leitos de enfermaria.
A cidade de Mogi das Cruzes, em sua página na internet, divulgou que está com 73,8% da sua capacidade de leitos de UTI ocupados em sua totalidade. Ao somar apenas a lotação dos 90 leitos dos equipamentos hospitalares públicos (Hospital de Clínicas Luzia de Pinho Melo, Hospital Municipal Waldemar da Costa Filho e Santa Casa de Misericórdia), a taxa de ocupação cai para 71,1%.
Itaquaquecetuba, que assim como Mogi das Cruzes e Ferraz de Vasconcelos chegou a ser citada diretamente pelo Estado como cidades com problemas de lotação na UTI, informou que atualmente conta com 79% de leitos ocupados. A ocupação estaria dividida entre os leitos do Hospital Santa Marcelina e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
A cidade de Suzano informou ontem que, das 32 vagas disponíveis em sua rede, 11 estão ocupadas, representando uma taxa conjunta de 67,7%. Destas, 11 vagas são disponíveis para terapia intensiva com três ocupações.
A Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos informou, por nota, que todas as suas vagas de leitos para Covid são de responsabilidade do Hospital Regional Dr. Osíris Florindo Coelho. A Secretaria de Estado da Saúde, por sua vez, informou que o hospital conta com ocupação de 90%, de um total de 26 leitos de alta complexidade.
A Secretaria de Saúde de Poá relatou à reportagem que até ontem o município contava com taxa de ocupação de leitos de UTI em 50%, de um total de quatro leitos em sua rede pública. No entanto, dos seis leitos de enfermaria, todos estariam ocupados.
Na última atualização do governo do Estado, por meio de sua plataforma digital da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), a região da Grande São Paulo possui uma ocupação de 70,7% de seus leitos de UTI e 57,6% em enfermaria. "A rede hospitalar segue com plenas condições de assistir casos graves do novo coronavírus", reassegurou a pasta estadual.