As Prefeituras das cidades que compõem o G5 do Alto Tietê arrecadaram neste ano R$ 292.012.970 a mais em impostos, em um comparativo com o ano anterior. Os números divulgados diariamente pelo Impostômetro, ferramenta da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) que mede a carga tributária no país, apontaram que, de janeiro ao dia 21 de dezembro de 2019, chegaram aos cofres públicos de Suzano, Mogi das Cruzes, Itaquaquecetuba, Poá e Ferraz de Vasconcelos
R$ 1.056.844.978, enquanto no mesmo período deste ano o total foi de R$ 1.348.857.948.
O aumento médio de 27,6% na arrecadação de impostos dos municípios se deve à ajuda possibilitada pelo Auxílio Emergencial, do governo federal, que permitiu a continuidade do consumo pelas pessoas. Foi o que explicou o economista e professor da Faculdade Piaget, de Suzano, José Marcos de Oliveira.
Em Itaquá, no período avaliado de 2019, foram arrecadados R$ 149.549.615 em impostos, que aumentou para R$ 239.163.722 neste ano. Percentualmente o crescimento foi de 59,9%, o maior entre as cinco cidades do Alto Tietê. Já em Suzano, a elevação foi de 11,8%, passando de R$ 240.914.991 para R$ 269.569.976 entre os períodos estudados.
A Prefeitura de Mogi das Cruzes somou mais 37,8% em impostos, considerando a alta de R$ 393.340.017, em 2019, para R$ 542.124.702 neste ano. Ainda de acordo com o Impostômetro, a cidade de Ferraz somou mais 25,3% em impostos neste ano. Isso porque a arrecadação subiu de R$ 44.489.007 para
R$ 55.760.601. Por fim, em Poá, o crescimento da arrecadação de impostos foi de 5,9%, já que a Prefeitura somou R$ 228.551.348 em 2019 e R$ 242.238.947 neste ano.
"O que ajudou o pagamento de impostos ser elevado e a Prefeitura arrecadar um valor mais alto do que no ano anterior foi o Auxílio Emergencial. Com ele, os beneficiados puderam continuar pagando suas contas e comprando novas mercadorias", analisou o economista. No entanto, segundo ele, isso pode gerar um endividamento do governo federal, que levaria ao descontrole das contas públicas.
Além do Auxílio Emergencial, a adesão ao modelo de trabalho em home office, utilizados por muitas pessoas durante a quarentena, também ocasionou no aumento do pagamento de impostos. Isso porque, ainda de acordo com o professor, trabalhando em casa os consumos essenciais foram elevados, como as contas de água, luz e energia, por exemplo.