Suzano registrou ontem uma taxa de mortalidade de 86 óbitos para cada 100 mil habitantes em decorrência do coronavírus (Covid-19), segundo um levantamento feito pela reportagem do Grupo Mogi News com base nos dados liberados pelo Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê e pela Prefeitura.
O cálculo é baseado na quantidade de mortos pela doença em relação à população de um município e acaba se tornando mais eficaz porque neutraliza o crescimento populacional, deixando mais claro os efeitos da enfermidade de uma determinada região na comparação com outra. No caso de Suzano, são 256 mortos e 297.637 habitantes, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em contato com a reportagem, a Prefeitura informou que "mesmo com uma tendência na queda de novos casos e óbitos pela Covid-19, a pasta lembra que a pandemia ainda não acabou e que é preciso atenção por parte da população, já que uma falsa sensação de segurança com a maior flexibilização das atividades econômicas pode fazer com que a curva de contaminação volte a subir".
O número é semelhante aos das outras quatro cidades mais populosas do Alto Tietê: em Mogi das Cruzes a taxa é de 92,1 mortes para cada 100 mil habitantes; já em Itaquaquecetuba são 82,7 óbitos; em Ferraz esse número é de 87,5 enquanto em Poá é de 94,5.
Além da taxa de mortalidade estar em 86 em Suzano, os dados apontam que, até ontem, 5.824 moradores haviam se contaminado desde o início da pandemia, no mês março. Pouco mais de 11 mil casos suspeitos foram descartados.
Ainda de acordo com os dados do Condemat, quase 5 mil suzanenses que contraíram o vírus conseguiram se recuperar após os tratamentos indicados pelas equipes médicas. Assim como as demais cidades do Alto Tietê, Suzano entrou na fase verde do Plano São Paulo na sexta-feira retrasada, depois de passar três meses na fase amarela, de restrição maior.
O anúncio da flexibilização ocorreu em uma coletivas de imprensa do governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), considerando os números de confirmações, óbitos e internações por Covid-19 em cada cidade. Com o avanço, os estabelecimentos e templos religiosos, por exemplo, tem a permissão de funcionar com 60% da ocupação e não mais com apenas 40%.
A próxima reclassificação será no dia 16 de novembro. A retomada gradativa das atividades econômicas de Mogi vem sendo planejada pelo Comitê Gestor de Retomada Gradativa de Atividades Econômicas, criado pela Prefeitura. O grupo tem se reunido com os mais diferentes segmentos para dialogar com empresários e instituições para que a retomada seja feita de forma segura.