Sendo o último dos denunciados pelo Ministério Público (MP) que concorrerá à reeleição na Câmara Municipal a se pronunciar, o vereador Mauro Araújo (MDB) postou um vídeo em suas redes sociais, em que se defende das acusações.
Em quase sete minutos de esclarecimento, o parlamentar afirma que o promotor Kleber Henrique Basso, responsável pelo caso, já havia o processado em outras oportunidades, também durante o processo eleitoral; afirma que a denúncia não possui provas, contesta seu afastamento de suas funções no Legislativo e garante que "a verdade vai ser restabelecida".
O vereador Araújo é apontado pela Promotoria como líder de uma organização criminosa responsável por corromper outros parlamentares mediante pagamento de quantias para aprovação de leis que beneficiariam empresários locais.
O vereador afirma "respeitar o Ministério Público (MP)", mas pondera que "todas as pessoas são passivas de falhas, inclusive os membros do MP". "Os vereadores foram afastados sem se quer terem sido ouvidos, sem ter o direito de apresentar suas versões sobre o que aconteceu", afirma o parlamentar. "Nunca fui chamado nem tive a oportunidade de esclarecer qualquer um desses fatos", afirmou, sobre a denúncia da Promotoria.
Em relação às acusações do MP de que ele seria o líder deste grupo de corrupção na Câmara, Araújo afirma que o empresário Joel Leonel Zeferino - também denunciado pelo MP - não possui nenhum contrato com o poder público.
No que diz respeito ao uso e ocupação de solo, em especial o caso do bairro Vila Oliveira, em que o MP suspeita que mudanças teriam sido propostas na lei de zoneamento para beneficiar o empresário, o vereador afirma que "nos últimos anos, nenhuma alteração foi votada", desmentindo assim, tal acusação do Ministério Público. "Sobre os repasses de verbas dos quais sou acusado, tenho uma empresa há 20 anos de assessoria financeira. "Já fiz alguns empréstimos a empresas físicas, para alguns vereadores, transações comerciais normais do dia a dia", completou.
Na visão de Araújo, a ação da Promotoria "sem prova alguma" tem o claro objetivo de atingir sua a imagem pessoal e interferir no processo eleitoral. "Este mesmo promotor que pediu minha prisão já me processou outras vezes, sempre no calendário eleitoral", disse o vereador, se referindo ao promotor Kleber Basso.
Ao final da publicação, Araújo reforçou que manteve sua candidatura à reeleição.
O vereador é o quinto denunciado pelo MP na operação Legis Easy a se pronunciar oficialmente. Antes dele, os vereadores Antonio Lino (PSD), Carlos Evaristo (PSB), Diego de Amorim (MDB) e Jean Lopes (PL) já haviam se posicionado.
O único parlamentar denunciado que não se pronunciou foi Francisco Bezerra (PSB), que não concorrerá à reeleição.