Em razão do período de estiagem, quando as chuvas ficam abaixo da média e o calor se torna excessivo, a equipe técnica que atua na Diretoria de Agricultura de Suzano recomenda que os agricultores tenham mais atenção no monitoramento dos procedimentos de irrigação, colheita, armazenamento e distribuição dos produtos. Medidas que ajudam a maximizar a produtividade das propriedades rurais.
Para a diretoria, a falta ou excesso de chuvas sempre influencia na produção local. Porém, como se trata de culturas renováveis, em alguns casos, existe compensação a médio e longo prazo. "O impacto das condições meteorológicas na produção agrícola local está sendo acompanhado pelo setor. No entanto, cada produtor rural conta com diferentes estruturas e sistemas de armazenamento de água, variando no impacto da produtividade", destacou a prefeitura suzanense.
Porém, ainda que setembro tenha sido o mês mais seco desde o ano de 2018, os prejuízos à Agricultura ainda não começaram a ser notados pelo Sindicato Rural de Mogi. A entidade acredita que, se o calor excessivo causar danos às plantações de hortaliças e outras culturas, por exemplo, eles devem ser notados apenas na próxima semana ou ao final deste mês.
Nesta época de seca, os legumes e verduras tendem a amarelar com mais facilidade, sendo necessário que os compradores também observem de perto a situação destes alimentos. As altas temperaturas, que ontem ultrapassaram os 32º, pode queimar as raízes das hortaliças ainda na fase do plantio, gerando prejuízos aos agricultores.
"Embora o tempo seco tenha sido constante há um período maior de tempo, as fortes temperaturas vêm sendo registradas há poucas semanas", explicou ontem o presidente do Sindicato Rural de Mogi, Gildo Saito.
Ainda de acordo com o presidente da entidade, o que mais tem preocupado os agricultores é o baixo nível das represas que fazem parte do Sistema Produtor do Alto Tietê (Spat). Conforme publicado pelo Mogi News, as represas de Biritiba, Jundiaí e Taiaçupeba estão em estado mais crítico na região, operando com volume abaixo dos 30%.
As únicas represas que operam com volume acima dos 30% são Ponte Nova e Paraitinga, com 65% e 84%, respectivamente.
No entanto, segundo Saito, os agricultores devem continuar utilizando a água com consciência, o que também deve ser feito por toda a população.