Com o posicionamento positivo à recomendação do Ministério Público do Estado de São Paulo em suspender o retorno das aulas presenciais para este ano em Mogi das Cruzes, em razão da pandemia de coronavírus (Covid-19), a Secretaria Municipal de Educação está analisando o documento com mais profundidade. As informações divulgadas ontem pela secretária Juliana Guedes, afirmaram ainda que há a possibilidade de que as aulas presenciais sejam, de fato, suspensas até o final deste ano.
Por enquanto está mantido o prazo de suspensão da retomada presencial para o dia 6 do próximo mês. "Nós achamos a recomendação do Ministério Público coerente e positiva, só tem a somar para os nossos estudos relacionados às aulas. A avaliação do documento será muito importante para o município", explicou a secretária municipal de Educação.
Caso a Prefeitura decida aderir à suspensão das aulas presenciais até o final deste ano, será feita uma alteração do decreto municipal. "Ainda não existe uma data definida para que a gente faça uma nova alteração sobre as aulas, anunciando a retomada ou a continuidade da suspensão", pontuou a secretária.
Segundo o Ministério Público, o ideal é que o prefeito Marcos Melo (PSDB) revogue, suspenda ou deixe de tomar qualquer medida que possa autorizar, neste ano, a retomada das atividades educacionais em escolas públicas ou particulares, em quaisquer níveis de ensino da cidade.
"Com atribuições na área da saúde e da infância, respectivamente, flexibilizar as restrições sanitárias antes de efetivamente implantadas as medidas de reestruturação das unidades poderá ocasionar na contaminação dos colaboradores e alunos", explicou o MP.
Embora Mogi ainda não tenha optado pela suspensão das aulas presenciais, cinco das 11 cidades do Alto Tietê já confirmaram a medida. Conforme já publicado pelo Mogi News, Arujá e Santa Isabel adotaram a medida ainda em setembro; Ferraz de Vasconcelos e Guararema na semana passada e, Itaquaquecetuba, nesta semana.
Nos demais municípios (Biritiba Mirim, Salesópolis e Suzano) há decretos vigentes que suspendem as aulas presenciais até o final deste mês ou início de novembro . A única exceção é Poá, cuja determinação vigente termina no próximo dia 16. Nessas cidades, os gestores optaram por decisões mensais, considerando a evolução epidemiológica da pandemia, além dos aspectos pedagógicos, estruturais das escolas e as consultas com pais e conselhos municipais.
Vale lembrar que as cidades da região mantêm as aulas virtuais ou com apoio de apostilas. A suspensão ocorre na tentativa de impedir o avanço do coronavírus entre os alunos, professores e demais funcionários ligados às redes municipais de Educação da região.