Ainda que o mês de setembro tenha sido o mais seco desde 2018, os prejuízos à Agricultura ainda não começaram a ser notados em Mogi das Cruzes. Para o Sindicato Rural de Mogi, se o calor excessivo causar danos às plantações de hortaliças e outras culturas, eles devem ser notados apenas na próxima semana ou ao final deste mês.
"Embora o tempo seco tenha sido constante há um período maior de tempo, as fortes temperaturas vêm sendo registradas há poucas semanas. Por este motivo, felizmente, não tivemos prejuízos ao plantio até o momento", explicou ontem o presidente do Sindicato Rural de Mogi, Gildo Saito.
Ainda de acordo com o presidente, o que mais tem preocupado os agricultores é o baixo nível das represas que fazem parte do Sistema Produtor do Alto Tietê (Spat). Conforme publicado pelo Mogi News, as represas em estado mais crítico são Biritiba, Jundiaí e Taiaçupeba, que estão operando com o volume abaixo dos 30%.
As únicas represas que operam com volume acima dos 30% na região são Ponte Nova e Paraitinga, com 65% e 84%, respectivamente. "No entanto, os agricultores continuam utilizando a água com consciência, o que também deve ser feito por toda a população. É necessário evitar o desperdício de água em todas as épocas", frisou Saito.
Nesta época de seca, os legumes e verduras tendem a amarelar com mais facilidade. Com as altas temperaturas, que ontem ultrapassaram os 32º, as raízes das hortaliças também podem queimar ainda na fase do plantio, gerando prejuízos aos agricultores. (T.M.)