Em live organizada no sábado pelo Movimento Pedágio Não, especialistas apontaram a inviabilidade das obras do projeto de concessão das rodovias Mogi-Dutra
(SP-88) e Mogi-Bertioga (SP-98).
Uma das organizadoras, Adrianny Verçosa, ressaltou a importância das ações. "Organizamos essa série de ações para conscientizar todos sobre os impactos negativos de um pedágio no meio da cidade", declarou.
Em uma das lives com participação de representantes da Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos (AEAMC), os especialistas apresentaram diversas limitações técnicas dos projetos. Entre os apontamentos, a limitação física do município para construções de travessias, viadutos e pontes no entorno e na área urbana de Mogi, conforme proposto pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp).
As ações do movimento também incluíram um debate para salientar o papel do jornalismo. "No bate-papo com os jornalistas Marilei Schiavi da rádio Metropolitana, Paulo Rota da Rádio da Cidade e Juliana Miranda da AEAMC, ficou claro que a imprensa é extremamente importante ao jogar luz sobre a situação, colocando o assunto em pauta", disse Adrianny.
Em outra live, o deputado Estadual Marcos Damásio (PL) marcou presença se comprometendo a protocolar pedidos contra o projeto de concessão das rodovias. O candidato a prefeito, Caio Cunha (Podemos) também participou e garantiu que lutará contra o pedágio. Nessa reunião, participou também o presidente do Sindicato Rural de Mogi, Gildo Saito, explicando a ameaça que um pedágio oferece ao produtor.
O projeto
As obras propostas pela Artesp sobre a concessão das rodovias incluem a construção de sete travessias, viadutos ou pontes em regiões urbanas de Mogi das Cruzes como, na descida da avenida Japão sobrepondo a avenida Henrique Peres.
E também obras de ligação da avenida com a rua Santa Dionizia com a avenida Henrique Peres e na da avenida Valentina Mello Freire Borenstein com a rua David Bobrow
Além Dispositivos de acesso nas interligações entre as avenidas David Bobrow e Henrique Peres e entre as avenidas Joaquim Pereira de Carvalho no acesso a avenida Valentina Mello Freire Borenstein também estão previstos. Vale ressaltar que, de acordo com o cronograma do Artesp, essas últimas intervenções citadas devem começar apenas em 2024.