O Ministério Público deve apresentar à Justiça a denúncia contra os seis vereadores investigados por suspeita de corrupção até segunda-feira. O prazo para conclusão do inquérito e apresentação ao judiciário foi divulgado pela própria Promotoria no dia em que a operação Legis Easy (Legislação Fácil, em português) foi deflagrada.
Na oportunidade, os parlamentares presos foram Carlos Evaristo da Silva (PSB), Diego de Amorim Martins (MDB), Mauro Araújo (MDB), Francisco Moacir Bezerra (PSB) e Jean Lopes (PL). Também foram presos, segundo a promotoria, Carlos César Claudino de Araújo (irmão de Mauro Araújo) e Willian Casanova. Um dia após, André Alvim, assessor parlamentar do vereador Diego, também foi preso.
Com mandado de prisão preventiva expedido no mesmo dia da operação, o vereador Antonio Lino (PSD) ainda não foi encontrado e segue foragido.
As investigações tiveram início após o empresário Leonel Zeferino cair em um golpe ao tentar comprar nove veículos para o vereador Mauro Araújo (MDB) - apontado como articulador do esquema. Os veículos comprados seriam "presentes" do empresário ao vereador Mauro Araújo para que o parlamentar favorecesse interesses econômicos do empresário na Câmara, como contratos na área de construção civil.
Pela primeira vez desde a deflagração da operação, o prefeito Marcus Melo (PSDB) se posicionou sobre o tema. Classificando como "uma notícia muito triste" e causadora de um "choque muito grande", Melo colocou a Prefeitura à disposição das investigações. "A forma com que o MP conduziu isso me causou estranheza, ainda mais tão próximo do período eleitoral. Os vereadores sequer foram ouvidos antes da prisão", disse o prefeito.
Prisão domiciliar
A Justiça aceitou o pedido da defesa da empresária Carla Bento, suspeita de participar do esquema que levou os cinco vereadores à cadeia na sexta-feira passada. Com isso, ela cumprirá prisão domiciliar.