Mateus Sartori retorna de um hiato de sete anos como cantor, agora com uma "sonoridade diferente de todas as outras". No sexto disco de estúdio ele se reinventa musicalmente em 14 canções que tratam, entre outros temas, da importância da arte em sua trajetória. 'Na Volta Que o Mundo Dá' funciona como um "grito de alforria" e traz um artista leve e à vontade, ansioso para retornar aos palcos, onde já esteve ao lado de Jorge Vercillo, Jair Rodrigues, Ivan Lins, Guinga, Renato Brás, Flávio Venturini e outros grandes nomes da MPB.
Nascido em Franca (SP) mas residente em Mogi das Cruzes desde seus dois anos de idade, Sartori teve, ainda muito pequeno, contato com a música ouvindo modas sertanejas interpretadas por familiares no interior paulista. O disco de estreia, 'Todos os Cantos', veio em 2006 e conta com as participações de Renato Brás, Guinga e Nailor Proveta. Em 2008 lançou 'Dois de Fevereiro', homenageando o compositor baiano Dorival Caymmi, acompanhado de 10 violonistas em 13 canções e, em 2009, o CD 'Barroco', com canções de compositores mogianos.
Em 2011, Sartori lançou 'Franciscos', um trabalho que apresenta a obra de dez Franciscos e Chicos da música brasileira e conta com as participações especiais de Chico César e Chico Pinheiro. Em 2013, ao lado do acordeonista e pianista Guilherme Ribeiro, foi a vez de uma homenagem ao centenário de Luiz Gonzaga com o CD 'Que se Deseja Rever', apresentando clássicos do Rei do Baião e canções menos conhecidas do grande público.
Entre trabalhos temáticos e originais, a trajetória de Sartori como cantor o preparou para 'Na Volta Que o Mundo Dá', definido por seu autor como um CD "de sonoridade mais moderna e saudosista". O último termo, porém, está implícito em algumas composições. Uma das "saudades" que podem ser conferidas pelo ouvinte a cada faixa é a nostalgia das apresentações como músico, já que o trabalho como gestor público o afastou da carreira artística. O álgum está disponível nas principais plataformas digitais.
Carreira
Arquiteto urbanista, turismólogo, especialista em Cultura: Plano e Ação e Gestão de Cidades, Mateus Sartori ocupa desde 2013 o cargo de Secretário de Cultura e Turismo em Mogi. Estudou canto erudito, popular e regência coral na Universidade Livre de Música (EMESP) e na Escola Municipal de Música de São Paulo.
Mesmo na gestão pública, nunca esteve completamente afastado da criação artística, mas se manteve longe dos palcos. Em 2017, incentivado pelo violonista Bruno Conde, começou a planejar o retorno, rascunhando o disco.
Repertório
Cada música funciona como um depoimento íntimo do cantor. O repertório trata a arte como um "estado de liberdade" e oferece um olhar saudosista sobre o passado.
Com produção e arranjos de Guilherme Ribeiro, o álbum foi gravado em São Paulo, no Estúdio Da Pá Virada, e contou com o piano rhodes, teclados e acordeom dode Guilherme, violão e guitalele de Bruno Conde, o baixo de Igor Pimenta, a guitarra de Conrado Goys e as baterias de Priscila Brigante e Thiago Rabello, também responsável pela gravação e mixagem.