O laudo pericial do estudante mogiano Kauan Silva, 17 anos, que faleceu horas depois de uma briga com pescadores, em 15 de agosto no Guarujá, apontou que o jovem morreu em decorrência de insuficiência respiratória aguda agravada pela uso de drogas. Segundo o documento da Superintendência da Polícia Técnico-Científica, não houve, portanto, relação da morte do mogiano com a agressão sofrida pela vítima horas antes do ocorrido.
De acordo com familiares da vítima, no último dia 15, Kauan foi linchado por seis homens, entre eles pescadores, por ter demorado a desmontar a barraca na Praia Branca, no Guarujá. Segundo a família, ele teve costelas quebradas e o pulmão perfurado devido às agressões. 
Entretanto, desde o início das investigações, a versão foi contestada pela defesa dos pescadores, que levantou a hipótese de overdose. "Há fortes indícios de overdose. A briga durou de dois a três minutos, e ele (Kauan) continuou na praia depois. A briga ocorreu às 7 horas e o horário de falecimento do rapaz foi 15 horas", afirmou ao Grupo Mogi News o advogado que representa os pescadores, Anderson Real, dez dias após o caso.
O advogado afirmava que a família do rapaz estava tentando colocar "uma série de contratempos que não aconteceram" e que a perícia iria provar, por meio do laudo, o que de fato ocorreu.
Segundo o laudo, a morte ocorreu por parada cardiocirculatória, parada respiratória, imobilidade, inconsciência, hipotermia e desidratação. Um trecho conclui que Kauan apresentava "lesões corporais de natureza leve".