Pela primeira vez desde a deflagração da Operação Legis Easy (Legislação Fácil), a defesa do vereador foragido da Justiça, Antonio Lino da Silva (PSD), se manifestou sobre o caso. Citando a trajetória política do vereador, a defesa representada pelo advogado Rodrigo Soares afirmou que o vereador se apresentará à Justiça "em breve" e que irá demonstrar a inocência do parlamentar perante o Poder judiciário.
Segundo a defesa, o vereador está abatido, mas aguarda com serenidade o trâmite do processo. O parlamentar é apontado pelo Ministério Público (MP) como integrante da organização criminosa que aprovava leis encomendadas por empresários locais para favorece-los em contratos de construção civil em Mogi das Cruzes. 
"O vereador Antonio Lino tem sua vida pautada pela ética e honestidade. Durante toda sua vida jamais envolveu-se em qualquer ato censurável. A defesa repudia todas injustas acusações e irá demonstrar sua inocência perante o Poder Judiciário", informou a defesa, em nota encaminhada à imprensa. "O vereador Antônio Lino tem a consciência limpa, reafirmando não ter cometido nenhuma ilegalidade", concluiu a defesa.
Lino é o único parlamentar investigado que não foi levado à sede do Ministério Público (MP) no último dia 4 pela Polícia Militar. Os parlamentares Carlos Evaristo da Silva (PSB), Diego de Amorim Martins (MDB), Francisco Moacir Bezerra (PSB), Jean Lopes (PL) e Mauro Araújo (MDB) foram presos preventivamente no dia. Naquela oportunidade, o vereador Lino não foi encontrado em sua residência.
Quem também segue foragido da Justiça é o empresário Pablo Nogueira, filho do vereador Chico Bezerra. Um dia depois da operação, André Alvim, assessor parlamentar do vereador Diego Martins, também foi preso.
A empresária Carla Salvino Bento, apontada como participante do esquema, teve o pedido de prisão domiciliar aceito pela Justiça por, segundo a defesa, possuir dois filhos menores de idade.