A proposta de extinção da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), de autoria do governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), não deve gerar prejuízos ao Alto Tietê. Foi o que afirmou ontem a Secretaria de Estado de Transportes Metropolitanos, explicando que os serviços serão realizados em uma estrutura que gere menos gastos aos cofres públicos.
"A EMTU tem prejuízos acumulados de R$ 1 bilhão, além de uma estrutura administrativa de quase 500 funcionários. A empresa não faz mais a operação dos serviços de transporte metropolitano, apenas a gestão e fiscalização das concessões destes serviços, executados pela iniciativa privada", acrescentou a Secretaria Estadual de Transportes.
Os projetos específicos de mobilidade urbana são desenvolvidos pela secretaria ou pela administração do Estado.
O Projeto de Lei 529/2020 prevê uma reforma administrativa no poder público, com a extinção e reformulação de 11 autarquias, instituições e fundações. Além da EMTU, devem ser desativadas a Fundação Oncocentro de São Paulo (Fosp) e Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano de São Paulo (CDHU). O deputado estadual Rafael Zimbaldi (PL) protocolou emendas que impedem a extinção das três instituições. 
De acordo com o deputado Marcos Damasio, a bancada do PL na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) vai se reunir na próxima semana para discutir o assunto. Além disso, o tema será debatido com o vice-governador Rodrigo Garcia (DEM).