Os debates para decidir o futuro das Casas da Agricultura na região tiveram início. O grupo de trabalho, formado por diversos setores, se reuniu de forma virtual na terça-feira. O objetivo foi traçar as estratégias e iniciar as discussões sobre a reformulação dos atendimentos prestados nas estruturas do governo estadual.
O secretário municipal de Agricultura de Mogi das Cruzes, Renato Abdo, participou da reunião e informou que o encontrou serviu para criar uma metodologia de trabalho e assim agilizar as propostas. "São vários grupos envolvidos e essa reunião serviu para nos organizarmos de forma colaborativa e criar um projeto único que se adeque a reformulação". Uma nova reunião já está marcada para o dia 15 do próximo mês, até lá os participantes deverão montar os projetos de reformulação.
As Casas da Agricultura são espaços mantidos pelo Estado que prestam diversos serviços para os produtores rurais, entre eles a emissão de documentos, isenções de impostos, cursos e orientações técnicas com veterinários, agrônomos e outros profissionais que o pequeno e médio agricultor não possui condições de contratar.
O atendimento prestado aos produtores deverá ser cancelado em várias cidades para cumprir as políticas de ajuste fiscal propostas pelo governador João Doria (PSDB).
No Alto Tietê, das 4.528 propriedades de produção agropecuária catalogadas, 2.587, ou seja, 57%, dependem da assistência técnica oferecida pela Casa da Agricultura. "Eles falam em enxugar custos. Precisamos levantar esses gastos e ver quais são os mais essenciais. Até a próxima reunião nós faremos esse levantamento para saber se existe uma maneira de melhorar os atendimentos. E, quem sabe, poderemos manter as Casas, talvez juntando elas em uma só para contemplar a proposta de reformulação", adiantou Gildo Takeo Saito, presidente do Sindicato Rural de Mogi.
Participaram desse encontro, o Escritório de Desenvolvimento Rural Estadual, a Defesa Agropecuária Estadual, o Sindicato Rural de Mogi, o grupo técnico de agricultura do Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat) e o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural.