A atividade religiosa passa a ser considerada essencial em períodos de crises ocasionadas por doenças contagiosas ou catástrofes naturais. A Lei 9012/2020, de autoria da deputada estadual Rosane Felix (PSD), foi sancionada pelo governador em exercício, Cláudio Castro (PSC) e publicada na sexta-feira (18) no Diário Oficial. A respeito da pandemia Covid-19, a lei estabelece que devem ser observadas as recomendações expedidas pela Secretaria de Estado de Saúde e pelo Ministério da Saúde, referentes a não aglomeração de pessoas. Rosane Felix exalta a importância de o Estado assegurar o direito das instituições religiosas realizarem suas atividades nos templos e fora deles. Na avaliação da deputada, a lei valoriza o trabalho social e psicológico desempenhado junto aos fiéis. “As instituições religiosas realizam um papel social importantíssimo, muitas vezes chegando em regiões totalmente abandonadas pelo Estado, seja por incompetência ou omissão do Poder Público. O trabalho valoroso das instituições não se resume a distribuição de cestas básicas, materiais de higiene, roupas e máscaras, elas oferecem apoio espiritual e emocional, proporcionando paz, consolo e fortalecendo o ser humano para enfrentar dias difíceis”, destaca Rosane Felix.
O islã deixou de ser a religião oficial do Sudão. A decisão aconteceu com o acordo de paz assinado tanto pelo governo provisório como pelos líderes de grupos rebeldes. Porém, há militares que discordaram da decisão e, como consequência disso, há ataques às igrejas. Em 14 de agosto, uma estrutura que funcionava como igreja em Jaborana, uma comunidade nos arredores da capital Cartum, foi incendiada. Outra igreja doméstica em El Haj Yousif de Bahri foi obrigada a interromper as atividades em 23 de agosto. Os irmãos da Bethel International Christian Church se reuniam em um prédio de outra comunidade, que foi demolido em 2018. Depois alugaram uma casa para os cultos, mas autoridades proibiram as reuniões por causa dos ruídos. Entretanto, a igreja não utilizava equipamento de som e se reunia apenas nas tardes de domingo. As novas possibilidades de liberdade religiosa no Sudão deixaram alguns líderes militares insatisfeitos. Eles criticaram o primeiro-ministro porque acharam que ele tomou uma atitude unilateral, que não condiz com a função que exerce. Anteriormente, grupos islâmicos que não concordavam com a secularização do Sudão pediram que o exército intervisse para “defender a lei de Alá”.
Depois que os cristãos da Bielorrússia, nação do Leste Europeu, protestaram após uma eleição polêmica, eles disseram que as autoridades governamentais ameaçaram levar seus filhos embora. “Infelizmente, agora isso pode se tornar uma realidade e não apenas intimidação”, disse um cristão em uma mensagem da capital, Minsk. “Por favor, ore para que o Senhor proteja nossa família.” Esse membro da igreja pediu que seu nome não fosse divulgado por motivos de segurança. Vários cristãos foram presos – junto com centenas de outros que protestaram contra o presidente Alexander Lukashenko – e passaram vários dias na prisão, disse o cristão bielorrusso. “Não queremos ficar calados sobre a ilegalidade que as autoridades estão cometendo agora”, acrescentou. “Mas também não queremos perder nossos filhos. Seu apoio é muito necessário!” Lukashenko serviu como presidente da Bielorrússia, uma ex-república soviética com cerca de 9,5 milhões de habitantes, desde que foi criada em 1994. No início de agosto, ele foi eleito para um sexto mandato em uma vitória esmagadora sobre o oponente Sviatlana Tsikhanouskaya, embora os pesquisadores relatem irregularidades generalizadas, informou a Associated Press. Tsikhanouskaya, concorreu no lugar de seu marido, Sergei, um blogueiro da oposição que foi preso antes da eleição.