As cópias dos contratos, processos administrativos e editais relacionados às investigações do Ministério Público (MP), que culminaram nas prisões preventivas de cinco vereadores de Mogi, já estão à disposição dos vereadores desde a tarde de ontem. O vereador Protássio Nogueira (PSDB), que conduziu os trabalhos da sessão ordinária de ontem, sugeriu como "ideal" uma reunião entre os vereadores, após a análise dos documentos encaminhados pela administração municipal.
Um dos principais líderes da base do governo na Câmara, o vereador Francimário Vieira (PL), o Farofa, já havia informado, na última terça-feira que, caso os documentos solicitados à Prefeitura indiquem indícios de irregularidades, uma Comissão Especial de Vereadores (CEI) será aberta, "doa a quem doer". Por enquanto, os vereadores decidiram apenas analisar as informações dos contratos encaminhados.
Na operação deflagrada pelo MP, cumprem prisão preventiva na penitenciária de Tremembé os vereadores Carlos Evaristo da Silva (PSB), Diego de Amorim Martins (MDB), Jean Carlos Soares Lopes (PL), Mauro Araújo (MDB) e Francisco Moacir Bezerra de Melo Filho (PSB). O vereador Antonio Lino (PSD) segue foragido. Também foram presos os empresários Joel Leonel Zeferino e Carlos César Araújo, além do chefe de gabinete Willian Casanova e o chefe de gabinete do vereador Diego Martins, André Alvim. Esses estão no CDP de Mogi das Cruzes, no distrito do Taboão. A sócia da empresa MF, Carla Salvino, cumpre prisão domiciliar. O empresário Pablo Bezerra, filho de Chico Bezerra, que também cumpre prisão domiciliar, está foragido.
Transparência
De autoria do vereador Caio Cunha (Pode), a proposta que obriga a Prefeitura a incrementar transparência na divulgação das despesas dos agentes e servidores públicos foi aprovada por unanimidade na Câmara. De acordo com o parlamentar, a medida servirá para "deixar tudo às claras no município", uma vez que haverá uma especificação mais detalhada dos dados. O Projeto de Lei ainda determina que os dados fiquem disponíveis para visualização por um período mínimo de dois anos. (F.A.)