Como parte dos trabalhos do grupo, a Comissão Especial de Vereadores (CEV) criada na Câmara Municipal para acompanhar as ações da Prefeitura de Mogi das Cruzes durante a pandemia causada pelo novo coronavírus, se reuniu ontem com secretários municipais e questionou a administração municipal sobre a compra de álcool em gel e construção de jazigos.
Ambas as aquisições foram listadas nas investigações do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) que visam apurar irregularidades relacionadas a contratações e compras públicas emergenciais, realizadas pelo Executivo. Tais investigações geraram a operação Mercador da Morte, que no último dia 5, cumpriu 16 mandados de busca na Prefeitura e na Secretaria de Saúde, com o apoio Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), da Polícia Militar e do Ministério Público do Tribunal de Contas.
Durante o encontro, os representantes da administração municipal prestaram os mesmos esclarecimentos que foram passados à imprensa no dia em que o caso foi a principal notícia no município. Eles pontuaram novamente os equívocos em termos de valores apontados pelo Ministério Público de Contas, na nota que foi emitida à imprensa.
No informe divulgado inicialmente, o MP afirma que a Prefeitura comprou 540 unidades de álcool em gel de 5 litros a R$ 97.050,00, valor contestado pela administração, que afirma ter adquirido os itens pelo valor de R$ 63.360,00.
"A Prefeitura de Mogi das Cruzes lembra que já forneceu todos os documentos e equipamentos solicitados pelo Ministério Público de Contas, e, se novamente demandada para prestar quaisquer outros esclarecimentos ou fornecer quaisquer outros documentos, seguirá à total disposição", afirmou em nota.
A CEV é composta pelos vereadores Edson Santos (PSD), Fernanda Moreno (MDB) e Jean Lopes (PL) e esteve em reunião com o secretário chefe de Gabinete da Prefeitura, Romildo Campello, o secretário municipal de Obras, Thiago Takeuchi, e o secretário municipal de Gestão, Marcos Regueiro. (F.A.)