A Prefeitura de Mogi das Cruzes, por meio do Comitê Gestor de Retomada Gradativa das Atividades Econômicas, informou que 40 proprietários de escolas de educação não-regulada já preencheram o formulário online comunicando o novo horário de funcionamento. O levantamento foi feito na sexta-feira.
Em 27 de julho, o setor, que inclui escolas de cursos livres, como de idiomas, formação musical, dança e outros, está permitido a funcionar em horários diferenciados que melhor se adequem às necessidades de seu público. As escolas que não informarem o novo horário de funcionamento podem ser multadas em valores variando de R$ 305,59 até mais de R$ 300 mil.
Durante a quarentena, causada pela pandemia de coronavírus (Covid-19), as escolas de educação não-regulada podem atender os alunos fora do horário restrito de funcionamento dos estabelecimentos - das 9 às 15 horas -, mas a mudança de horário deve ser informada em formulário disponibilizado no site da Prefeitura. A permissão veio depois que o Comitê Gestor municipal avaliou que estes estabelecimentos atendem poucos alunos por turma em dias alternados e em horários fora do período de maior movimento.
Das 40 instituições que informaram o horário de funcionamento, as escolas de dança foram as que mais promoveram o preenchimento dos formulários. A Prefeitura também disponibilizou um curso online gratuito de prevenção ao coronavírus.
Apesar da possibilidade de voltar a atender em horários da rotina pré-pandemia, das três escolas procuradas pela reportagem, duas delas ainda apostam nas aulas online, e já informaram o novo horário de funcionamento à Prefeitura. Apenas a escola de dança verificou um aumento substancial na retomada das aulas presenciais.
Na Escola de Ballet de Regina Cunha, na rua Coronel Santos Cardoso, no centro de Mogi, os alunos estavam ansiosos para o retorno das aulas presenciais nos horários que costumavam frequentar. "Com a aula feita em casa, em espaços minúsculos, tudo fica muito limitado. A dança precisa de espaço", disse a proprietária, informando ainda que, 60% dos alunos preferiram retornar com as aulas presenciais.
Já na escola de música na rua Ricardo Vilela, também no centro, a proprietária Teresa Moraes Pires, relatou sentir que o público ainda teme se expor. "Acho que as pessoas estão esperando a situação normalizar um pouco mais", contou. Por outro lado, Teresa informou que a escola se adaptou bem as aulas a distância e muitos alunos acharam interessante continuar nesta modalidade. "Um novo leque de possibilidades se abriu e pretendemos manter o ensino a distância como uma nova opção para os alunos", completou.
Com opinião semelhante, Alessandra Palma Rodrigues de Moura, proprietária da escola de idiomas, localizada na rua Tenente Manoel Alves dos Anjos, ainda não sentiu muita diferença no movimento. "Não tivemos nenhuma mudança significativa no número de novos alunos. As pessoas ainda estão muito retraídas e com medo" disse. As aulas online tem sido realizadas por videochamada que reúne, virtualmente, as turmas que costumavam ter aulas em conjunto.
*Texto supervisionado pelo editor.