Para apresentar os resultados da pesquisa de opinião pública sobre o retorno das aulas municipais, a Prefeitura de Mogi das Cruzes se reúne na próxima segunda-feira com o Conselho Municipal de Educação, um dos órgãos que emitirá opinião sobre o tema.
A pesquisa sobre a possibilidade de retorno das aulas ainda neste ano foi realizada na primeira semana deste mês, com o expressivo resultado de 89% dos participantes se mostrando contrários à retomada presencial.
Foram computados 27.044 votos na pesquisa, a maior parte deles no primeiro dia de votação. Do total, 24.131 foram contrários ao retorno das aulas neste ano (89%), enquanto apenas 2.913 (11%) se mostraram favoráveis. Na segunda pergunta - se os pais enviariam seus filhos à escola neste ano -, o cenário foi semelhante. Foram 24.093 (89%) participantes afirmando que não encaminhariam seus filhos e 2.951 (11%) que disseram que enviariam.
Do total de votos, 74% são de pais e responsáveis de alunos, 15% da comunidade em geral, 8% de funcionários da rede municipal e 3% de estudantes.
Segundo a secretária municipal de Educação, Juliana Guedes, tal resultado será apresentado aos integrantes do Conselho Municipal de Educação, assim como o projeto de retomada das aulas elaborado pelo governo de São Paulo. O Estado adiou a reabertura das escolas públicas e privadas para o dia 7 de outubro, depois de anunciar, num primeiro momento, o dia 8 de setembro para o retorno.
"Assim que esse decreto estadual estiver regulamentado e oficializado também vamos apresentar para o conselho. Após os encontros, o órgão emite uma indicação formal à Prefeitura, que pode ser de retomada ou não das aulas, ou um parecer sugerindo conversas com outros órgãos", explicou a titular da Pasta, Juliana.
A secretária disse ainda que o Alto Tietê deve seguir uma tendência única, assim como em outras regiões da Grande São Paulo que decidiram uniformemente sobre o retorno das aulas. No ABC Paulista, a maioria dos municípios decidiu que as aulas municipais só devem ocorrer em 2021. A decisão foi tomada em Santo André, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra e Mauá.
"A região visa alinhamento da decisão, obviamente respeitando as especificidades de cada município. Temos de considerar que a população destes municípios está interligada. Há o caso de alguém que mora em Guararema, por exemplo, e trabalha em Mogi", explicou a secretária Juliana.