O comércio de produtos por delivery e por e-commerce é a grande aposta dos lojistas consultados em enquete realizada pela direção da Associação Comercial de Mogi das Cruzes (ACMC). No estudo Pesquisa de Reabertura das Lojas, efetuada na semana passada, a entidade faz um mapa do que os comerciantes enfrentaram com o fechamento dos estabelecimentos por causa da pandemia do coronavírus, bem como suas próximas estratégias já planejando as atividades com o fim do período de quarentena.
A maioria dos comerciantes de Mogi, 69,5%, pretende manter o serviço de entrega de produtos nas casas dos consumidores, enquanto 30,5% não pretendem. O detalhe é que, dos consultados, 72,2% não trabalhavam com o sistema delivery, enquanto 26,6% dos lojistas já conheciam a atividade.
Entre os lojistas consultados, 84,1% que não atuavam com e-commerce planejam manter a plataforma de negócios mesmo com o fim da quarentena. No entanto, 15,9% descartam manter o sistema após a reabertura total.
No e-commerce, 63,4% dos entrevistados não trabalhavam com o sistema antes da pandemia, enquanto 36,6% atuavam neste tipo de comércio. Com o período da quarentena, 62,2% dos consultados que já trabalhavam com esta atividade não ampliaram as vendas, enquanto 37,8% aumentaram os negócios.
Em relação às vendas anteriores à flexibilização, feitas pelo telefone, WhatsApp e outros meios eletrônicos, 57,5% responderam que houve aumento nos resultados com o funcionamento físico da loja, enquanto 42,7% opinaram negativamente.
"Essa pesquisa é essencial para definir as estratégias de apoio à atividade comercial. Constatamos que o funcionamento físico das lojas é importante para os negócios, mas que a pandemia fortaleceu a necessidade de outros meios de vendas", avaliam o presidente e a vice-presidente da ACMC, Marco Zatsuga e Fádua Sleiman.
Por outro lado, a pandemia diminuiu a expectativa no quesito contratação de funcionários. Dos consultados, 67,1% responderam que descartam admissões, enquanto 32,9% esperam voltar a contratar colaboradores.
A expectativa quanto ao tempo necessário para recuperar o volume de vendas está equilibrada. Dos consultados, 35,4% acreditam que a recuperação se dará em até um ano, enquanto 32,9% esperam mais de um ano e outros 31,7% responderam pela recuperação em até seis meses. A pesquisa foi realizada entre 21 e 27 de julho e ouviu cerca de cem associados de diferentes regiões comerciais da cidade.