A Prefeitura de Mogi das Cruzes vai iniciar o planejamento para a reabertura dos parques municipais aos finais de semana, o que deve ocorrer quando a cidade passar para a fase verde do Plano São Paulo de Retomada Econômica. Por enquanto, o município se encontra na fase amarela, segundo regramento do governo estadual, que impede a abertura das áreas de lazer aos sábados e domingos, dias em que a aglomeração de pessoas é bem mais alta. Na próxima sexta-feira, o Estado faz uma nova atualização do Plano São Paulo e Mogi vive a expectativa de passar à próxima fase.
Segundo o secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, Daniel Teixeira de Lima, a impossibilidade de abrir os parques aos finais de semana tem como objetivo evitar grandes aglomerações - medida básica utilizada durante a pandemia e reforçada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). "Nesta fase atual (amarela) é impossível pensar em reabertura. Talvez possamos começar a pensar nisso na próxima fase (verde), mas ainda precisaremos avaliar melhor a situação da pandemia. Temos de pensar na dinâmica do momento. Se projetarmos as grandes aglomerações que temos observado no comércio, como ocorreu no Dia dos Pais, para dentro dos parques, nem com toda fiscalização conseguiríamos manter as medidas de distanciamento entre os visitantes", declarou o secretário.
Desde o dia 20 julho, entre segunda e sexta-feira, os parques Centenário (Cezar de Souza) e o Leon Feffer (Braz Cubas) têm funcionado com um limite máximo de 800 visitantes. Já o Parque da Cidade (Parque Santana) também estabeleceu o máximo de frequentadores nas aulas e atividades em grupo em 30 pessoas, mediante agendamento prévio.
No momento, além dos prestadores de serviços que já trabalhavam nos parques antes do início da pandemia, o quadro de funcionários foi reforçado com cinco estagiários em cada área de lazer (alunos da Universidade de Mogi das Cruzes), que estão circulando no interior dos ambientes e orientando os frequentadores a manter o distanciamento social.
O acesso aos parques é controlado e, logo na entrada, as orientações de higiene são reforçadas e a temperatura dos visitantes é aferida. Esse controle tem sido possível devido a baixa procura pelos locais nos dias em que os parques estão abertos. Nos finais de semana, com uma procura muito maior de visitantes, a situação poderá criar dificuldades, segundo o secretário. "O controle de acesso aos parques pode até evitar aglomerações dentro do ambiente, mas certamente geraria filas enormes de visitantes aguardando sua vez para entrar dos parques", comentou Lima.
Balanço
Até o momento o controle nas entradas dos parques evitou que o número de visitantes ultrapassasse os limites definidos para cada espaço. Desde o dia da reabertura, em 20 de julho, o parque Centenário já recebeu 10,2 mil visitas, uma média de 536 por dia. Na quinta-feira passada, o parque recebeu o maior número de pessoas desde a reabertura: 746 visitantes. Já o Leon Feffer recebeu bem menos visitas, 1,53 mil desde a reabertura, uma média de apenas 80 frequentadores por dia.
*Texto supervisionado pelo editor.