A volta às aulas presenciais nas redes municipais de Educação foi discutida pelos prefeitos do Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat), em reunião de ontem. O calendário estadual prevê a retomada das atividades escolares a partir de 8 de setembro - desde que todas as regiões estejam na fase amarela -, mas a maioria das prefeituras locais considera a data prematura e pode retardar as aulas presenciais.
Para melhor respaldar as decisões finais, os prefeitos irão acatar a recomendação da Câmara Técnica de Educação do Condemat. "Vivemos uma situação atípica e o compartilhamento de responsabilidades se faz necessário não só pelo aspecto da democracia, mas para apoiar o preparo da rede no possível retorno. A educação municipal apresenta características diferentes da estadual porque o seu maior público é o infantil, que inspira mais cuidados", argumenta o presidente do consórcio, o prefeito Adriano Leite. "O Alto Tietê está na fase amarela há três semanas e, embora o número de casos de coronavírus continue crescendo, a região reduziu os indicadores de óbitos e internações. Ainda assim, há uma grande preocupação com o possível impacto do retorno das aulas e, por isso, todo o cuidado nas decisões que serão tomadas. Vamos considerar as opiniões dos profissionais da Educação, dos pais e, principalmente, das equipes de saúde", esclarece o presidente.
A rede municipal de ensino no Alto Tietê tem aproximadamente 280 mil alunos matriculados e 20 mil profissionais da educação, sem contar terceirizados.