Mesmo com a autorização estadual e municipal, o cinema instalado no Mogi Shopping ainda não possui data para retorno das atividades e deve permanecer fechado, ao menos nestes primeiros dias de liberação.
A autorização de retorno dos cinemas, bem como de outras atividades, como o teatro, após quase cinco meses de paralisação, começou a valer ontem e estava condicionada à manutenção do Alto Tietê na fase 3 amarela do Plano São Paulo, o que ocorreu na última sexta-feira. Desde o dia 16 de março, cinemas, teatros, museus, eventos culturais e de entretenimento estavam suspensos em Mogi das Cruzes e todo o Estado de São Paulo, devido à pandemia de coronavírus (Covid-19).
A empresa de cinemas que administra a unidade dentro do shopping mogiano informou que ainda não há data confirmada para a reabertura dos complexos e que não está se pronunciando sobre a retomada no momento. Por sua vez, o Mogi Shopping afirmou que acompanha o tema, não sendo necessária a liberação do centro de compras para o funcionamento do cinema.
O decreto que autoriza a reabertura dos empreendimentos foi assinado na última sexta-feira pelo prefeito Marcus Melo (PSDB). No documento o chefe do Executivo considera, além da permanência na fase amarela do Plano São Paulo, as medidas de contenção já adotadas pela Prefeitura e a necessidade de ações complementares para adequação.
O documento assinado pelo prefeito libera a atividade com capacidade de 40% do número de pessoas autorizado em alvará, com horário de funcionamento de seis horas diárias e com a obrigação de controle de acesso, venda apenas online, com hora e assentos marcados.
Para o presidente do Comitê Gestor de Retomada Gradativa de Atividades Econômicas, o vice-prefeito Juliano Abe (MDB), mesmo com o desinteresse de imediato retorno de determinados segmentos, o papel da administração municipal é oferecer uma razoável "previsibilidade" aos empresários e empresas, para que estes possam se programar para a retomada de suas atividades. No caso dos cinemas, o planejamento se dá com estoque de produtos e da limpeza, que precisam ser pensados com antecedência.
"A informação que recebemos é que a empresa de cinemas está aguardando uma deliberação do grupo empresarial. Imagino que essa definição deve ocorrer de maneira regionalizada, e não de cidade por cidade", projetou, "se a empresa de determinado segmento vai ou não reabrir é uma avaliação individual de cada grupo", completou.
Segurança
O presidente Abe ainda se mostrou seguro em relação ao risco sanitário que estes estabelecimentos podem oferecer à população, condicionando tal segurança com o rigor que os protocolos sanitários serão empregados pelos estabelecimentos.