Classificando como o "aniversário mais atípico da cidade", devido à pandemia da Covid-19, o prefeito Marcus Melo (PSDB) conversou com o Grupo Mogi News e falou sobre os 460 anos da cidade. Ciente das dificuldades orçamentárias a serem superadas no futuro, o chefe do Executivo, que celebra 48 anos de vida hoje, contou sobre os avanços dos projetos do município ao longo deste último ano, o quanto o orçamento de 2021 pode atrapalhar a gestão municipal e sobre ter entrado nas estatísticas de casos confirmados da Covid-19, junto com sua família.
Projetos em
andamento
Mogi News: Esse último ano marcou a vinda em definitivo do Sesc para a cidade, no bairro do Socorro, onde funcionava o centro esportivo. O que muda em Mogi com a chegada desse equipamento?
Marcus Melo: O Sesc é um sonho de Mogi, uma luta de toda a cidade. O que foi interessante é que todo mundo aprovou, em um processo democrático. Entendo que essa foi uma grande conquista nos últimos anos. O Sesc iniciará as atividades da unidade provisória no primeiro semestre de 2021, já atendendo 20 mil pessoas. Uma conquista gigantesca para a cidade. Temos identificado a carência em lazer e cultura, então, isso é um ponto de atenção para a cidade nos próximos anos.
MN: Nos últimos meses, houve novidades também no projeto Mais Mogi Ecotietê. Como avalia o andamento desse programa e o início das licitações ainda para este ano?
Melo: A região Leste da cidade não teve grandes investimentos nas últimas décadas, até pela sua característica. Lá, existe um grande problema de mobilidade; você percebe diariamente a dificuldade de fazer a transposição do rio Tietê, que acaba se tornando um gargalo no município. Esse projeto ajuda a organizar e ordenar essa questão da mobilidade d região. Teremos novos parques, áreas de lazer e a saneamento, que vem ganhando atenção e investimentos nos últimos anos. O projeto é um olhar para o futuro de Mogi.
MN: A confirmação da limpeza do rio Jundiaí por parte do Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE) também ocorreu recentemente. Enfim, uma demanda antiga parece que sairá do papel.
Melo: O desassoreamento do rio Jundiaí, e até do Tietê que o DAEE vai realizar, é uma briga antiga em Mogi das Cruzes. No ano passado, tivemos o alagamento de mais de mil famílias na região do rio Jundiaí, em Jundiapeba e Jardim Aeroporto; e o secretário (estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos Penido) esteve aqui e assumiu esse compromisso. Eu assumi a presidência do Comitê de Bacias Hidrográficas do Alto Tietê, o qual um dos desafios é dar andamento aos recursos que estavam separados. Consegui desburocratizar e fazer com que o recurso não ficasse parado no comitê. Essa questão do investimento do recurso está proporcionando tranquilidade para aquelas famílias que ali estão e que, quando chove, ficam sem dormir.
MN: Para a próxima temporada de chuvas, ainda neste ano, será possível perceber os resultados práticos dessas limpezas?
Melo: As obras começam agora no final do ano - outubro novembro. Já foi feita a licitação pelo DAEE, está no processo de assinatura de contrato e ordem de serviço. Eu espero que no rio Jundiaí, até a próxima temporada de chuvas, esse desassoreamento já traga resultados práticos.
MN: Outro projeto que poderá ser sentido pela população é a concessão das estações de trem da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Essa demanda ficou parada muito tempo.
Melo: Esses projetos foram tirados do papel, da gaveta, por conta da cobrança. Desde o primeiro ano de mandato, em 2017, eu estive lá, solicitando a reforma e a revitalização das estações. O governo do Estado prometeu fazer o projeto e não fez. A gente cobrou de maneira bem insistente. Cheguei a falar, em reuniões com a CPTM, que Mogi não estava sendo respeitada. Havia obras ocorrendo em outras cidades e aqui sequer tinha o projeto pronto. Aí veio a crise e eles acharam a opção de buscar parceria com a iniciativa privada. Agora, o pedido está andando e, logo, logo, essa obra vai sair, com a ajuda da iniciativa privada.
MN: Na área da Segurança, foi entregue neste ano o Polo de Segurança de Jundiapeba. Além desse equipamento, está sendo construído a Central de Inteligência, no outro lado da cidade. Ao que parece, os pontos de fiscalização ficarão divididos em dois. Como isso será benéfico, na prática?
Melo: Eu tomei a decisão de investir em segurança, desde o primeiro momento. A ampliação do efetivo da guarda municipal e