Na próxima sexta-feira ocorre mais uma reavaliação da classificação dos municípios do Alto Tietê dentro do Plano São Paulo, que norteia a retomada gradativa da economia paulista.
Mais importante do que ir para a fase 4 do programa, de cor verde, há a necessidade de consolidar os índices referentes à pandemia na fase 3 - a amarela - e se estabelecer na atual condição.
A determinação de regredir de fase, com o fechamento de bares, restaurantes e até o comércio de rua parece distante da realidade dos empresários do Alto Tietê, entretanto, é necessário reforçar que, caso a quantidade de mortes volte a ter aumento, bem como o número de internações nas unidades de saúde, há essa possibilidade.
Para se ter ideia, o governador João Doria (PSDB) confirmou ontem a regressão da região de Piracicaba, por exemplo, para a fase vermelha do Plano São Paulo de enfrentamento à pandemia do coronavírus. A partir de segunda-feira, haverá restrição total de atendimento presencial nas atividades não essenciais de comércios e serviços em 26 cidades da área do Departamento Regional de Saúde (DRS) de Piracicaba.
O Executivo estadual disse que precisa evitar a propagação da pandemia e a saturação do sistema de saúde pública e que o Plano São Paulo prevê tais regressões para regiões onde a pandemia tenha se intensificado.
De acordo com a avaliação semanal de autoridades estaduais e especialistas do Centro de Contingência do coronavírus em São Paulo, a pressão sobre leitos de UTI na região de Piracicaba nos últimos sete dias levou à regressão da fase laranja para alerta máximo. Na última quinta-feira, a taxa de ocupação de vagas por pacientes em estado grave com Covid-19 atingiu 84,6%.
Com a nova avaliação estadual a ser realizada na próxima sexta, fica o sentimento de que a fase atual é a mais justa e sensata para a região, pelos números atuais. De fato, os índices do Alto Tietê são bons, não há superlotação das unidades e o atendimento está sendo prestado aos pacientes. Mas é preciso monitoramento e a manutenção das políticas públicas para que não haja a possibilidade de regressão.