Enquanto os setores de móveis, eletrodomésticos e lojas de departamento apresentam bons índices de venda - inclusive com lucro em relação ao ano passado -, o comércio não essencial de bens duráveis (vestuário e demais produtos) estão amargando resultados significativamente negativos em relação às vendas na comparação com o ano passado. Essa é uma das constatações registradas na pesquisa realizada pelo Sindicato do Comércio Varejista (Sincomércio) e encaminhada à Prefeitura de Mogi das Cruzes, desde a reabertura gradual da atividade econômica.
Nas primeiras semanas após a reabertura, o prejuízo ao setor de vestuário e bens não duráveis foi de 49,9%, sendo que no índice mais recente analisado pela pesquisa - no último sábado - a queda de vendas foi de 44,3%. Movimento totalmente contrário foi analisado na venda de móveis, por exemplo. Nos primeiros dias após a reabertura parcial, o setor registrou aumento de 19,9% nas vendas. O alto índice não permaneceu por muito tempo, visto que entre os dias 21 e 27 de junho, o aumento nas vendas foi de 3,5% e atualmente é quase nulo - 0,6%.
"Esse aumento não nos estranha. Esses departamentos ficaram sem poder vender por muito tempo e a população precisa comprar ou fazer a troca de algum item, por isso, sempre tem movimento", disse o presidente do Sincomércio, Valterli Martinez.
Segundo o representante da categoria, a alta de vendas não deve permanecer. "De 19% fomos para 0,6%. As pessoas compraram o que precisavam e ai se estabilizou, voltou ao normal", completou Martinez, afirmando ainda que a tendência para o setor de móveis e eletrodomésticos é de iniciar um período de menor venda na comparação com o ano anterior. (F.A.)