Sete cidades do Alto Tietê foram listadas em novo levantamento realizado pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE), que identificou 33 construções atrasadas ou paralisadas. As obras são realizadas tanto pelos municípios quanto pelo Estado. Os dados de todos os equipamentos e serviços foram coletados até os três primeiros meses do ano. Ao todo, as obras fora de prazo de entrega estão avaliadas em R$ 197.104.714,64, em valores de contrato inicial. As únicas cidades que não foram citadas são Mogi das Cruzes, Poá e Guararema.
Ferraz
Dentre os municípios que se destacam pela ociosidade, Ferraz acabou ficando em primeiro, com oito construções paralisadas, todas de autoria da Prefeitura. As obras já foram citadas em outros levantamentos, como a construção de duas novas escolas, a Pedro Paulo Paulino e a Escola do FDE, que somam mais de
R$ 5,5 milhões em contratos. No entanto, a Prefeitura apontou que a construção referente à escola municipal está sendo licitada novamente, após adequações e atualização das planilhas e cronogramas. Já na escola FDE, a obra foi retomada, com previsão de entrega para final do ano.
O levantamento também apontou mais quatro obras, como praças, quadras e similares e outra sobre a construção de 187 moradias do Projeto Morar Bem II, uma obra de saúde, referente à construção da Unidade Básica de Saúde do Jardim TV e outra sobre a reforma e ampliação do prédio da Câmara Municipal. A maioria está em processo de licitação ou procedimentos administrativos, segundo a Prefeitura. No total as obras estão avaliadas em contrato inicial de R$ 19.368.116,37
Suzano
Em Suzano, as obras apontadas como paralisadas e atrasadas foram avaliadas em R$ 65.573.807,30. Segundo o levantamento, a obra atrasada com o maior valor inicial de contrato é a reforma e ampliação do prédio principal e construção do novo prédio do Hospital Auxiliar de Suzano,
R$ 31.864.491,48. A diretoria da unidade, pertencente ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) - que não cabe ao Executivo Municipal -, disse que o prédio auxiliar está em funcionamento desde abril de 2018 e já conta com a fase de conclusão da reforma do prédio antigo.
O órgão também apontou mais quatro obras de âmbito municipal, que estão categorizadas como paralisadas. De acordo com a Prefeitura, todas estão aguardando posicionamento da Caixa Econômica Federal para continuar. Entre elas, estão serviços de pavimentação na avenida Sete de Setembro,a qual a empresa responsável desistiu do contrato. Estão listadas também o recapeamento na avenida Francisco Marengo (Boa Vista) e na avenida Washington Luiz (Jardim Europa), que pararam em função de readequação da obra. Além, também, de obras de Infraestrutura viária no Badra Planalto e no Badra Jaguari, que haviam começado em 2011, mas a administração municipal da época não pagou ao consórcio de empresas responsável pelas obras.
Mais cidades
Biritiba Mirim contou com o maior valor registrado na avaliação das obras paralisada. De acordo com o TCE, a soma dos contratos em apenas duas obras é de R$ 92.520.000,00, sendo uma de âmbito municipal e outra da esfera estadual, que têm o valor de cerca de R$ 91,7 milhões, e está sendo realizado pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). A outra é a pavimentação e drenagem da estrada do Nirvana. A Prefeitura informou que já está trabalhando para que o serviço no trecho retome o mais breve, já que o município não está negativada no Serviço Auxiliar de Informações para Transferências Voluntárias (Cauc), que havia afetado o andamento.
Outras quatro cidades também foram citadas no levantamento, como Itaquaquecetuba, mas nenhuma delas retornou a reportagem as informações sobre as obras.
*Texto supervisionado pelo editor.