A opinião da maioria dos pais entrevistados pela reportagem é pelo retorno das aulas. A divergência entre os responsáveis está na forma como isso deve ocorrer, principalmente sobre as precauções de higiene e segurança nas escolas. Há também o consenso de que as atividades on-line não atenderam as necessidades dos alunos e deixaram o aprendizado com ausência de conteúdos importantes na formação dos filhos.
De acordo com o administrador Ewerton Tavares Ohara, de 38 anos, e pai de Bernardo, 14, o principal fator é a segurança do filho, que pode ou não ser comprometida com a volta às aulas. "Eu sou a favor do retorno, mas de forma gradativa e com todos os equipamentos necessários, além também do trabalho psicológico que eles precisam ter com os alunos também", disse.
A comerciante Andreia Oliveira, 39, mãe de Arthur, 7, também é favorável ao retorno presencial com segurança, pois segundo ela, o sistema a distância de estudos não funciona de forma correta. "Eu entendo toda a situação que estamos, mas os alunos estão saindo lesados nessas aulas on-line, os professores fingem que ensinam e os alunos fingem que aprendem", resumiu.
Já a farmacêutica esteta, Priscila Correia Machado, 41, mãe de Beatriz, 9, não concorda com a volta tão cedo das aulas presenciais. Segundo ela, agora não é momento de pensar em retorno. "Não quero colocar em risco minha filha, o que me preocupa é que nós estamos no inverno, tempo em que a proliferação do vírus pode aumentar", alertou Priscila. (N.T.)