As entidades representativas do comércio de Mogi das Cruzes, que participaram da teleconferência com o promotor Fernando Lupo, afirmaram que com o período maior de funcionamento, da forma anterior, seria mais fácil controlar as aglomerações.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista (Sincomércio) de Mogi das Cruzes, Valterli Martinez, foi contra a alteração proposta. Para ele, a mudança implicará em significativas dificuldades para o controle das aglomerações. "Além disso, os empresários já se programaram para trabalhar seis horas por dia, com os contratos de seus funcionários neste formato. Vamos ter de discutir tudo de novo", disse.
No mesmo sentido, o presidente da Associação Comercial de Mogi das Cruzes (ACMC), Marco Zatsuga, acredita que um período maior de funcionamento facilita no controle de aglomerações e que Mogi possui indicadores que permitem esse maior tempo de portas abertas. "Argumentamos isso, mas o promotor de Justiça determinou o cumprimento do decreto estadual e não nos resta outra coisa. Em comum acordo com o Sincomércio, optamos pelo horário das 11 às 15 horas", explicou.
O Mogi Shopping, por meio de nota, informou que vai seguir as orientações definidas em decreto oficial do município e que funcionará a partir desta segunda feira, diariamente, das 15 às 19 horas. "Reforçamos que todas as medidas para garantir o bem-estar dos nossos clientes, colaboradores e lojistas estão sendo tomadas em prevenção ao novo coronavirus", destacou.
Mais tempo
O comércio varejista de Mogi deverá seguir fragilizado até que a flexibilização seja implantada de forma integral pelo governo de São Paulo. Isso porque, desta forma estará permitindo que as lojas e o shopping funcionem durante todo o dia sem restrições. A avaliação é da vice-presidente da ACMC, Fádua Sleiman.
Para ela, ainda é cedo para mensurar a quantidade de vendas da primeira semana de flexibilização, até porque, muitas pessoas perderam o emprego e outras tiveram os contratos de emprego suspensos. Isso reflete no medo de fazer compras além dos produtos necessários para a sobrevivência, como a alimentação e demais contas domésticas.
"Vai levar um tempo para que a população recomponha o orçamento e volte a consumir como antes. A recuperação será gradual", concluiu.