A estimativa feita há três meses pela comissão dos motoristas de transporte escolar de Mogi das Cruzes foi bem diferente do atual cenário em que a categoria se encontra atualmente, em razão do coronavírus. O grupo previa a reposição de aulas e contratos flexíveis, mas os transportadores tiveram de enfrentar uma redução de 60% no número de contratantes.
De acordo com a representante da comissão, Claudia Satornino Camara, a mudança foi bem drástica para o grupo, pois muitos pais desistiram do contrato e poucos acabaram negociando. "Neste momento, nós estamos fazendo de tudo, conversando, dando descontos e negociando, para que os pais continuem após o retorno das aulas", explicou.
Com a queda nos contratos, Claudia apontou que muitos motoristas então desistindo do ano escolar ou até mesmo abandonando o ramo para conseguir o sustento das famílias por meio de outras atividades. "Muitos dependem desta renda e neste momento está inviável", lamentou Claudia.
A esperança agora é o possível retorno das aulas presenciais, que ainda não foi oficializado pela Prefeitura de Mogi das Cruzes e pelo governo estadual, mas que a categoria espera que ocorra entre o final de julho e começo de agosto. "Estamos contanto com essa volta, pois com certeza vai haver reposição de aulas nos feriados e finais de semana, dando uma perspectiva aos motoristas", apontou a representante.
Para o retorno, Claudia adianta que medidas de segurança já foram tomadas para que os alunos fiquem em veículos higienizados, com álcool em gel e também o uso obrigatório de máscaras.
*Texto supervisionado pelo editor.