Os prefeitos do Alto Tietê voltaram a subir o tom nas críticas à decisão do governador João Doria (PSDB) de excluir os municípios da lista de cidades autorizadas a dar início à flexibilização.
Os representantes afirmam que não podem ser punidos pelos altos índices de internações de outras cidades de maior porte. Numa rápida mudança de postura, esta é a primeira vez que chefes dos Executivos da região se posicionaram contra as medidas determinadas pelo governador no enfrentamento ao coronavírus (Covid-19).
O prefeito de Mogi das Cruzes, Marcus Melo (PSDB), solicitou ao Comitê Estadual Gestor da Covid-19 que realize uma revisão no estudo que classificou o controle da pandemia do novo coronavírus em Mogi em nível vermelho, afirmando que nenhum dos indicadores usados como parâmetro pelo Estado está no nível de alerta máximo. "Não estamos na faixa vermelha em nenhum dos parâmetros", sacramentou Melo, se referindo à classificação recebida pela região. "A regra tem que ser igual para todos", completou o secretário municipal de Saúde de Mogi, Henrique Naufel.
A Prefeitura de Itaquaquecetuba também afirmou não concordar com o tratamento diferenciado, mas entende que o governo está embasado em estudos técnicos e científicos para estabelecer tais medidas.
Também insatisfeita, a Prefeitura de Biritiba Mirim, representada pelo prefeito Walter Tajiri (PTB), ressaltou ainda que o município não pode ser punido por conta de altos índices registrados em cidades grandes, como Guarulhos, por exemplo.
As prefeitura de Poá e Arujá também se posicionaram contrárias à exclusão e afirmaram que, pautadas pelas diretrizes do Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat), buscam a reversão da decisão.